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Os fãs e usuários de vídeos curtos no Brasil ganharam mais uma ferramenta para criar e assistir ao conteúdo: o YouTube Shorts. A ferramenta surgiu em 2021 para concorrer com o TikTok e os Reels do Instagram. Como o próprio nome indica, os usuários podem gravar vídeos curtos – de no máximo um minuto de duração.
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Com um formato mais dinâmico, o YouTube Shorts tem ferramentas de edição básica de vídeo, como adição de textos, legendas, filtros e efeitos de cores. É possível também utilizar trechos de músicas da biblioteca do YouTube em vídeos de até 15 segundos. Os usuários podem gravar pela própria plataforma ou então subir um clipe que já esteja na galeria do celular.
A diferença principal em relação às outras redes é a possibilidade de utilizar trechos de outros conteúdos do YouTube para divulgação de canais, fazendo colagens e mixes de áudios, músicas e vídeos de outras contas. Contudo, esses conteúdos só podem ser compartilhados com a autorização do canal proprietário.
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Para auxiliar os criadores de conteúdo e marcas que ainda não aderiram à nova ferramenta, 33Giga e Paulo Pereira, CEO da Desbrava Data, startup responsável por uma plataforma de monitoramento e análise de dados de redes sociais, dão dicas de como fazer o melhor uso da nova funcionalidade e ganhar dinheiro com ela.
Para ver os vídeos do YouTube Shorts, o YouTube reserva um espaço exclusivo na página inicial. Os usuários podem visualizar uma biblioteca com o compilado desses vídeos na home do site e também no aplicativo. Eles também aparecem entre a lista de relacionados, que é mostrada enquanto um clipe está sendo reproduzido.
Os usuários do TikTok vão reconhecer mais facilmente a forma como os vídeos do YouTube Shorts estão dispostos na aba dedicada exclusivamente aos clipes da ferramenta. Existe, por exemplo, a rolagem infinita para passar de um vídeo para o outro.
“Outro importante diferencial do YouTube Shorts é que qualquer canal, independentemente do número de inscritos, pode publicar e aparecer na aba principal da plataforma. Para publicar no Youtube Stories, por exemplo, é necessário ter alcançado a marca de 10 mil inscritos”, compara o CEO.
O usuário pode subir um vídeo da sua galeria para o YouTube Shorts como se estivesse adicionando um vídeo normal ao seu canal na plataforma. A novidade da ferramenta é que dá para gravar um clipe direto do aplicativo, como já ocorre nas outras redes sociais.
De acordo com o YouTube, os criadores de conteúdo do Shorts ainda não participam da receita levantada pelos anúncios exibidos durante os vídeos. Contudo, a plataforma criou um Fundo do YouTube Shorts para os canais receberem uma recompensa financeira pela criação de conteúdo.
O fundo conta com orçamento de US$ 100 milhões, que serão distribuídos para aqueles que publicarem os vídeos curtos mais envolventes. O formato de monetização, contudo, ainda está em teste nesta fase inicial.
Recentemente, o YouTube anunciou também que vai pagar até US$ 10 mil – ou mais de R$ 50 mil – aos criadores que postarem vídeos muito populares no YouTube Shorts. Essa avaliação levará em conta quantas pessoas estão fazendo e assistindo o Shorts por mês e os vídeos precisam ser originais.
“O ponto determinante do sucesso do Shorts é como os influenciadores que já estão no YouTube vão utilizar e impulsionar a nova ferramenta, incentivando seus seguidores a fazer uso dela também”, diz Pereira. “Isso foi preponderante para o sucesso do TikTok, por exemplo, tornando os conteúdos virais, espalhando a novidade e engajando mais usuários. Se o Shorts conseguir a aderência de novos fãs e que eles não levem conteúdos para outras redes, como já acontece, tem grandes chances de brigar com os rivais que já estão bem estabelecidos.”