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O dia que o Winamp ganhou um robôzinho chamado Marvin

Créditos: Divulgação / Winamp.com
15 abril, 2021
Sérgio Vinícius

Esses dias o assunto começou – em algum grupo de WhatsApp – com um camarada procurando por um filme nos streaming da vida. O JustWhatch não ajudou.

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Dei o toque que estava disponível, de graça e sem ser pirataria, no YouTube. Aparentemente, a turminha que produziu o filme achou que era uma boa ideia disseminar conhecimento (Oi, ET Bilu!) e já jogou lá no streaming do Google. 

Na verdade, na verdade, a conversa não começou com o filme O Homem da Terra. O assunto veio porque iriam a continuação – ou coisa assim. A notícia era de 2018 e não do que aconteceu. Mas, a depender dessa crítica aqui, iria sair um belo de um abacaxi. O que não vem ao caso agora (e, talvez, nunca).

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Winamp

De qualquer forma, uma coisa leva a outra, a outra e a outra e não acaba nunca. Nessas, acabei lembrando quando, certa feita, um camarada e eu resolvemos criar um buscador para músicas no Winamp.

A gente procurou para burro essa função entre os plugins do tocador. Ninguém havia desenvolvido algo do tipo. Achamos que, além de útil para nós mesmos, poderia ajudar os outros pobres-diabos que caçavam na mão determinada faixa ou banda no Winamp.

Esse meu camarada era meu repórter e achei por bem deixá-lo uma semana desenvolvendo o robôzinho sem ter que, exatamente, trabalhar no que era pago por. Em primeiro lugar, a bobiça. Depois, sei lá. Por fim, o trabalho para garantir o leitinho das crianças. 

Uma semana depois, demos vida a Marvin, o robôzinho que caçava música no Winamp. Ele era uma mão na roda na hora de encontrar qualquer música em seu catálogo musical particular. Foi uma felicidade e comoção generalizada – generalizada = entre nós dois (ou talvez, os outros repórteres que trabalhavam nas baias ao lado).

Mais 7 dias, descobrimos porque ninguém havia desenvolvido um plugin buscador para o player. O Winamp tinha essa função nativa – bastava digitar o F e surgia a caixinha de busca. Descobrimos, inclusive, por acaso, quando digitei F sem querer.

A barra não era tão simpática quanto o Marvin, claro. Mas ela funcionava melhor. Era mais fácil de acionar. Não era rabugenta. Enfim, nasceu para isso.

Mas nem nome tinha. Não dá para confiar em um buscador pagão. 

Então, em nome (dã!) do bom senso (e da árdua semana de trabalho paga), seguimos usando o Marvin – mesmo com todos os problemas dele. Até que, em nossas vidas, pintou streaming e aposentamos logo de uma vez Marvinzito, Winamp e toda a coleção de MP3 feita a duras penas.

O Spotify acabou matando tudo isso aí em cima. Tem uma biblioteca – músicas, podcasts, programas – imensa por um valor baixo. Oferece ótimas opções para desktop e app para smartphones.

Mas não é perfeito: o buscador interno segue sendo muito, muito ruim – não à toa, ele não tem nome.

Saudade, Marvin.

Informática.etc é uma coluna sem um objetivo muito específico.

Mas, basicamente, vai relembrar nomes da tecnologia que fizeram muito sucesso há alguns anos – como Rapidshare, Last.FM, Flogão (isso existiu ou foi um delírio coletivo?), internet elétrica – e hoje andam meio esquecidos00, como o Dia da Festa de Santo Reis.

E, se não der, pelo menos será relatada uma história sem pé e nem cabeça, como a daí de cima.

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