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Uma foto com smartphone pode prevenir a cegueira infantil

A campanha “Abril Marrom de Combate à Cegueira”, que movimenta toda a comunidade oftalmológica do País, tem esbarrado em um grande obstáculo: o fato de o “teste do olhinho” só ser obrigatório em 16 Estados brasileiros e no distrito federal. De acordo com o oftalmologista Leônico Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o exame deve ser feito logo após o parto para identificar a presença de catarata, glaucoma e tumores — além da retinopatia da prematuridade, em bebês prematuros.

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Essas doenças são congênitas e representam 70% dos casos de perda de visão na infância. Por isso , o teste do olhinho é uma importante ferramenta de prevenção da cegueira infantil. O exame consiste em direcionar para a menina do olho do bebê um oftalmoscópio, equipamento semelhante a uma lanterna com lente refletora.

Quando o reflexo é vermelho e contínuo, indica que todas as estruturas oculares estão íntegras. “Se o reflexo for esbranquiçado ou descontínuo sinaliza que a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista para que possa receber o tratamento correto”, diz o especialista.

Queiroz Neto afirma que o teste do olhinho tem baixo custo, mas diversos projetos de lei com a proposta de estender a obrigatoriedade do exame a todo o território nacional vêm encontrando dificuldade de aprovação no congresso nacional. Este foi o caso do projeto de lei 4090/2015, que em março deste ano foi devolvido sem manifestação pelo relator da CFT (Comissão de Finanças e Tributação) na Câmara dos deputados.

Aliado de bolso

A boa notícia é que famílias sem plano de saúde ou que moram em estados onde o exame não é obrigatório, podem usar um celular com câmera para fazer o exame em casa. Depois, basta encaminhar a imagem a um especialista do serviço oftalmológico mais próximo credenciado ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Para tirar a foto, será preciso segurar a cabeça do bebê, abrir as pálpebras de um olho e tirar uma foto com flash em um quarto escurecido, posicionando o celular a uma distância de 30 centímetros do rosto. Após repetir o processo no outro olho, se a foto não for avermelhada ou apresentar algum desvio, a criança deve ser levada o quanto antes para uma consulta oftalmológica.

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