Em vez de “Testamos”, o título desta reportagem poderia começar com “Compramos” – afinal, o videogame Xbox Series S analisado neste review foi adquirido por este repórter em suaves prestações.
Uma promoção repentina com 10% de desconto somado ao cenário atual de incertezas fez com que a emoção fosse maior que o juízo, resultando na compra do videogame mais em conta da nova geração.
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Pelos R$ 2.800 sugeridos pelo modelo, nenhum outro hardware consegue entregar o mesmo nível de performance. Isso favorece ainda mais o custo-benefício do console.
Xbox Series S: é tudo isso?
Na verdade, ele é menor que a expectativa. O console é realmente muito pequeno. Colocado ao lado do PlayStation 4 “fat”, apresenta metade do tamanho, mesmo sendo de uma geração mais nova.
O corpo branco quase que por completo é muito elegante. Chega a lembrar uma fita VHS gigante, por ser um retângulo perfeito.
Como é a versão de entrada do Xbox mais moderno, ele não tem entrada para mídia física. Nada de jogos em blu-ray, portanto.
Os games precisam ser comprados pela loja digital da Microsoft, mas é possível jogar sem pagar por nenhum jogo. Basta assinar o Game Pass, que funciona como a Netflix e permite ao usuário jogar os mais de 100 títulos disponíveis no catálogo – que cresce a cada dia.
Optei pelo plano Ultimate, que custa R$ 45 por mês e oferece títulos exclusivos da Microsoft, EA Games (via EA Play, já incluso no preço), Bethesda e de diversas outras produtoras. Há até títulos do primeiro Xbox e do Xbox 360.
E é nesse momento que o maior ponto negativo do Xbox Series S é notado. Com tantos jogos, é difícil não se empolgar e colocar diversos deles na fila de download.
A questão é que não há espaço de armazenamento para isso tudo. O SSD do console só tem 512 GB, disponibilizando cerca de 400 GB ao usuário.
Até é possível expandir esse espaço, mas apenas por meio de uma entrada proprietária. Para piorar, o cartão de memória de 1 TB que é compatível custa quase o preço do console, o que inviabiliza a compra no Brasil.
Outra opção é por meio de um HD ou SSD externo com USB 3.0. Mas não é possível instalar os jogos da nova geração nesses dispositivos, apenas os da geração anterior (Xbox One) ou o dos mais antigos Xbox 360 e Xbox original.
Xbox Series S
Dimensões (LxAxP): 27,5 x 6,5 x 15,1 cm
Peso: 1,96 kg
Capacidade: 512 GB
Conexão: 1 HDMI 2.1, 3 USB 3.1, Wi-Fi
CPU: AMD Zen 2 personalizada de 8 núcleos a 3,6 GHz
GPU: RDNA 2 personalizada de 4 Teraflops a 1.565 GHz
Memória: 10 GB de RAM de 128 bits
Armazenamento: SSD NVME de 512 GB
O que anima: custo-benefício, velocidade de carregamento e desempenho de nova geração
O que decepciona: armazenamento interno, expansão do armazenamento por meio de um cartão proprietário e o controle ainda utilizar pilhas
Preço: R$ 2.800
Site oficial: aqui
Pelas minhas contas, dá para instalar cerca de 10 jogos grandes, em média, no armazenamento disponibilizado. Por enquanto, isso está sendo o suficiente para o meu uso – até porque os únicos jogos que tenho e que são otimizados para a nova geração são o Forza Horizon 4 e o Watch Dogs: Legion.
Com o videogame ligado em uma TV 4K, foi possível conhecer o poder de fogo do console. Ele entrega boa resolução mesmo sem ser o mais potente da geração.
Como minha TV principal ainda é Full HD, o Xbox Series S se torna mais do que suficiente. Já que, importante lembrar, ele foi projetado para rodar de maneira ideal em 2K (1.440p) a 120 fps.
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Por ser uma evolução do controle do Xbox One, o do novo console é extremamente agradável. Ele encaixa perfeitamente na mão, tem uma boa pegada e um layout mais do que consagrado.
A Microsoft fez o feijão com arroz tradicional nesse sentido, mas bem temperadinho e com incrementos na receita – como o novo sistema de vibração nos gatilhos. De negativo, apenas a manutenção do carregamento por pilhas.
É verdade que isso é contornável com o uso de pilhas recarregáveis. Já faço desde os tempos do Xbox 360, Mas um videogame tão moderno poderia já ter uma bateria como os modelos da Sony.
Comprar agora ou esperar?
Em um país com tantos problemas, recomendar um videogame novo soa até como algo fora da realidade. Por enquanto, ainda há poucos jogos disponíveis para a nova geração.
Como o dólar não para de subir, é bem possível que os consoles da nova geração se tornem ainda mais caros daqui um tempo. Este foi um dos motivos que fez eu investir em um Xbox Series S já nesse momento.
Além da alta resolução que o videogame é capaz de entregar, o SSD torna a experiência extremamente rápida e fluída. Os jogos carregam em poucos segundos e a troca de um game para o outro é feita em um piscar de olhos.
O Xbox Series S representa uma nova fase na história dos consoles. Trata-se de uma trajetória que começou já há alguns bons anos e que ainda não teve fim, mas foi mudando e evoluindo.
Porque, assim como nos jogos, a vida é cheia de fases e ciclos. Esse modelo representa um novo tempo, para seguirmos de uma nova maneira daqui em diante.