Um estouro, uma manada ensandecida dispara por um cânion. O leãozinho salta e luta para escapar dos cascos gigantes. Seu pai avança aos atropelos para colocá-lo em segurança. Os espectadores fixam os olhares apreensivos nos animais hiper-realistas. Uma sinfonia dá o clima e, no ritmo do perigo, as cadeiras vibram, aumentando ainda mais a sensação de imersão.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi às salas de cinema conferir o novo filme da Disney, O Rei Leão. Agora, ela conta como a tecnologia se tornou aliada do escuro e das telonas, para potencializar ainda mais a magia da sétima arte.
O primeiro item analisado são as poltronas D-Box. “Viemos demonstrar a tecnologia que espelha o que está acontecendo no cinema direto para o espectador”, revela Rodrigo Rodrigues, coordenador de economia digital da ABDI. Na prática, as cadeiras acrescentam dimensão tátil ao mundo visual. Sincronizados com a trilha sonora, os efeitos e as cenas de aventura, os assentos se movimentam fortalecendo o elo entre espectador e toda a mágica.
“O movimento mergulha os espectadores no filme até o ponto em que eles se sentem parte dele”, afirma a gerente de exibição cinematográfica Daiane Manzam. “A tecnologia usa um sistema de movimento inteligente, que sincroniza as cadeiras especiais com a imagem e o som da película por meio de códigos já inseridos nos arquivos dos filmes pelas produtoras”, completa. O sistema inteligente integra essas poltronas com a história por meio de cabos. A intensidade dos movimentos pode ser controlada pelos usuários via controle, que fica ao lado de cada cadeira.
Live-action ou animação?
Os detalhes dos pelos, olhos e focinhos, bem como os bichos, parecem reais. Porém, alguns especialistas não consideram O Rei Leão um filme live-action. “Para ser considerado com tal, os atores precisam estar em frente às câmeras. O remake não teve nada disso. Os animais foram completamente animados”, explica Max Valarezo, crítico de cinema e youtuber do canal Entre Planos.
Para ele, o longa-metragem é uma animação. No entanto, sendo hiper-realista, impressiona e encanta como qualquer obra de arte da mesma categoria. “Acho que a Disney quer causar esse fascínio, de a gente saber que está vendo algo animado, mas ficar de queixo-caído com a abordagem estética realista”, conclui.
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Fã de cinema? Relembre games que foram parar nas telonas:
Super Mario Bros. (1993) | Crédito: Divulgação/Walt Disney Studios
Super Mario Bros. (1993) | Crédito: Divulgação/Walt Disney Studios