Startups podem ser entendidas como pequenas empresas de tecnologia, negócio inovador, organização de pequeno porte com produto disruptivo, entre outros. O 33Giga já fez uma reportagem especial sobre o assunto e você pode lê-la em O que é uma startup?.
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Startups podem ser vistas como organizações que usam a tecnologia de forma intensiva e que buscam seu crescimento a partir de um modelo de negócio repetível e escalável. Em resumo: aumentar o faturamento de um empreendimento exponencialmente sem ter o aumento de custos na mesma proporção.
Para Renata Horta, diretora de inovação e conhecimento da Troposlab, quando fica entendido que as startups são fases de vida do negócio, isso pode também ser relacionado às empresas e entidades tradicionais e consolidadas.
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“Normalmente, o termo startups é aliado a tipos de empresa. Na verdade, ele define o momento ou estágio de um negócio – a fase de busca de um modelo repetível e escalável onde as validações predominam”, diz. “Podemos e devemos trazer esses conceitos para os projetos dessas corporações. A ideia é provocar a inovação em uma organização, as posicionando como uma startup.”
Não se trata de transformar um negócio grande em um pequeno. Diz respeito a trazer as práticas de startups para o universo corporativo tradicional. Com isso, economiza-se tempo, recursos e buscando resultados mais ousados em um pensamento digital.
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“Podemos aprender muito com as startups”, aponta a especialista.
Pensando nisso, 33Giga e Troposlab prepararam alguns conselhos para gerar inovação em uma empresa, a partir do entendimento das startups.
Assuma que sua empresa está sempre numa fase de validações
Estar em fase de validações significa assumir que o que você pensa sobre a empresa ou projeto são hipóteses que devem ser testadas no mercado direta ou indiretamente.
Nessa etapa é importante ter claro o processo para validar e as ferramentas para isso, tanto quanto definir métricas e indicadores.
É importante ter consciência de que a não confirmação de uma hipótese também é resultado. O “não” como resposta é um indicador para repensar hipóteses e talvez até o negócio, seria um fracasso produtivo.
Esteja aberto às opiniões dos clientes e parceiros
Validar hipóteses é, na maioria das vezes, ouvir a opinião e, mais importante, a experiência de terceiros – principalmente de clientes e de parceiros.
Então é muito importante ouvir o que eles têm a dizer numa postura livre de julgamentos e sem a necessidade de se justificar a cada feedback recebido.
O interessante nessa fase é unir o que as pessoas dizem com outros sinais do mercado: movimentação da economia, aumento de concorrentes, diminuição da procura pelo seu tipo de produto, enfim, é um exercício de desapego pelo que existe e pela busca do novo que ainda não se sabe exatamente o que será.
Entenda o erro como aprendizado e aja rápido
Uma das coisas disseminadas nos meios de startups é a aceitação do erro. Ele é muito importante quando reconhecido como oportunidade de conhecimento para a partir dele agir rápido a caminho do acerto.
Não é uma apologia ao erro pelo seu valor em si, mas é uma provocação ao acerto pelo aprendizado gerado por ele.
“Ter errado uma vez, quando aprendemos, aproxima dos acertos, já que após de boa parte do que é feito e não deu certo, passa-se a fazer da forma correta”, explica Renata.
Esteja pronto para recomeçar
Se assumir como startup é saber que tudo está em constante mudança. Uma empresa nessa fase sabe que ao ter hipóteses validadas ou invalidadas deverá fazer ajustes no plano – e, quantas vezes forem necessárias, ajustar a rota e recomeçar o caminho.
Em alguns casos, esses recomeços podem gerar frustrações e cansaços que até desmotivam a continuar. É nesse momento que a persistência se torna tão fundamental ao processo e que ter um time empreendedor pode fazer a maior diferença.
Saiba encerrar as atividades no momento certo
Se colocar numa posição de tamanha exposição não é fácil. Haverá críticas, responsabilidade por alguns erros, revisões constantes de planos estratégicos e o trabalho de motivar a equipe para seguir a direção correta. Persistência é necessária, mas é preciso estar preparado para reconhecer o momento de parar, de encerrar o projeto, de não fazer mais investimentos.
“Como boas startups, a empresa também precisa aprender a encerrar um projeto ao ler os sinais do mercado e perceber que ele está dizendo ‘pare’ ou ‘espere’ já que muitas inovações estão só no tempo errado.”