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Pegasus, DarkMatter e mais: como funcionam os softwares de espionagem

Geralmente utilizados por agências governamentais de segurança, os softwares de espionagem, a exemplo de Pegasus e DarkMatter, geram dúvidas sobre como de fato funcionam e se são capazes de obter acesso a dados privados dos dispositivos eletrônicos dos seus alvos, inclusive quando estão desligados.

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Desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, o Pegasus, por exemplo, é utilizado oficialmente por mais de 60 governos para atividades de combate ao crime, como o desmantelamento de organizações envolvidas em esquemas de tráfico de drogas e pessoas. Para este fim, tanto ele quanto o DarkMatter, comercializado por uma empresa de hackers de elite de mesmo nome, funcionam com tecnologias robustas de espionagem, garantindo acesso total ao conteúdo dos aparelhos hackeados.

Segundo especialistas do curso de Ciência da Computação da FEI, ambos os softwares de espionagem utilizam um vírus, ou malware, que pode infectar aparelhos por meio de uma simples mensagem de texto e um link, permitindo que, com apenas um clique na URL suspeita, seja possível comprometer todo o aparelho do alvo, que também pode ter os spywares remotamente instalados ao utilizar a mesma transmissão de rede de internet.

Após entrarem silenciosamente nos celulares ou computadores dos alvos, os programas conseguem interceptar mensagens e ligações em tempo real, além de permitir que sensores como câmeras e microfones sejam habilitados remotamente, independentemente do sistema operacional. Entre outros recursos, o Pegasus e o DarkMatter também podem monitorar a localização de pessoas pelo GPS do smartphone e, inclusive, são capazes de mapear os toques na tela do dispositivo e hackear aplicativos com criptografia de ponta a ponta, a exemplo do WhatsApp.

Contudo, apesar de poderosos, é possível identificar os softwares de espionagem via spywares como o Pegasus e o DarkMatter e ainda prevenir que sejam instalados a partir de algumas dicas de cibersegurança.

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