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Fez o teste de gênero oposto? Saiba por que você não precisa se preocupar (tanto)

Fez o teste de gênero oposto no Facebook? Saiba porque você não precisa se preocupar (tanto)

Na última semana, um teste que cria um rosto do gênero oposto a partir da foto de perfil do usuário viralizou na web. Entretanto, o que começou como uma brincadeira, logo virou polêmica. Isso porque houve quem alegasse que a ferramenta, chamada de FaceApp, rouba dados pessoais e os compartilha com terceiros. Mas não há motivo para se alarmar. Até porque as informações coletadas já estão disponíveis no Facebook.

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O que acontece é que testes deste tipo e outras ferramentas online de terceiros no Facebook coletam tudo que foi autorizado pelo usuário. Não há nenhum código malicioso por trás que descobrirá seus dados misteriosamente.

“O medo vem do fato de o site dos testes ter uma aparência estranha, não muito confiável. Mas fique tranquilo. A ferramenta não vai coletar nada além do que você já não tenha disponibilizado”, afirma Natasha Madov, co-fundadora do Ada, portal de tecnologia voltado para mulheres.

O mecanismo de coleta de informações é o mesmo em qualquer aplicação que usa as redes sociais para fazer login. Sites de vagas de emprego, por exemplo, puxam automaticamente os dados do LinkedIn para preencher um formulário e poupar seu tempo. Já o Spotify pega seus likes no Facebook para entregar sugestões mais assertivas de artistas compatíveis com seu gosto musical.

Os testes fazem exatamente o mesmo. Eles pegam as informações que serão relevantes para usarem no futuro. Por exemplo, suas preferências mostradas no Facebook servem para gerar uma base de dados que pode ser utilizada em anúncios personalizados. Ou seja, propagandas chatinhas, porém inofensivas.

Profundidade dos dados

De acordo com Thiago Marques, analista de segurança da Kaspersky Lab, os dados coletados pelos testes nas redes sociais são, basicamente, os seguintes: nome, e-mail, cidade e principais interesses. “A ideia é traçar o perfil do internauta. A plataforma em si não tem a proposta de ser uma ferramenta de entretenimento, mas uma forma de coletar dados para uma base”, comenta.

Vale ressaltar que o nível de privacidade aplicado em seu perfil não significa nada. Isso é, mesmo que sua conta seja totalmente privada no Facebook, as informações ainda estarão visíveis para as empresas. “Você tem o poder de restringir seu conteúdo para as pessoas que estão na rede, não para os aplicativos e sites de terceiros”, explica Natasha.

Se você não curtiu a novidade, saiba que é possível desfazer o vínculo com estas ferramentas de forma bem rápida.

Corte o laço

Para cortar o vínculo, o usuário só precisa desatrelar o aplicativo de seu perfil no Facebook. Para isso, acesse as Configurações de Aplicativos do Facebook. Lá, procure pela ferramenta indesejada e clique no “X” para deletá-la de sua conta. É importante marcar a caixa “Excluir todas as atividades de…” antes de concluir a operação. Ela garante que publicações, fotos e vídeos relacionados sejam eliminados. O processo pode levar alguns minutos.

Thiago alerta, entretanto, que não há garantia de que o laço será cortado. “Uma vez que você permitiu o acesso a seus dados, a ferramenta fará uma base própria desvinculada do Facebook. Então, pode ser que suas informações continuem em posse da empresa”, diz o analista de segurança.

Agora, se você quiser ter total privacidade e não compartilhar nada pela web, só existe um jeito: não usar internet. Isso porque até o Gmail coleta informações suas. “O e-mail do Google não é de graça. Você paga com dados que são usados posteriormente em propagandas e outros propósitos”, aponta Natasha.

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No álbum, você confere uma série de boatos alarmantes que, vez ou outra, aparecem na internet: