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O comércio eletrônico brasileiro deve movimentar mais de R$ 169 milhões em 2022, de acordo com a ABComm, o que representa alta de 12% em relação ao ano passado.
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O crescimento das vendas no ambiente digital atrai a atenção também dos cibercriminosos, que aperfeiçoam suas práticas contra lojistas e consumidores, a fim de roubar e sequestrar dados, derrubar lojas virtuais ou fraudar promoções em e-mails, mensagens e sites falsos.
Além do consumidor lesado, uma loja virtual atacada ou clonada pode trazer prejuízos financeiros e à reputação da marca. Diante da possibilidade de golpes, 33Giga e o especialista Eduardo Gonçales, CISO da TIVIT, multinacional brasileira e one stop shop de tecnologia, listam alguns cuidados para lojistas e consumidores aproveitarem as compras online sem dor de cabeça.
A estabilidade do site é fundamental para que a operação funcione plenamente até em períodos de aumento de tráfego, evitando assim que a loja deixe de vender por causa de problemas técnicos.
Além do investimento em infraestrutura tecnológica e nas soluções de segurança, é essencial a proteção contra os chamados ataques de negação de serviço (DDoS), que objetivam direcionar volume de acessos simultâneos muito acima do normal para determinado endereço até que ele seja congestionado e fique indisponível.
Inclua em seus processos rotinas de threat intelligence, ou monitoramento de marca, a fim de pesquisar menções sobre a empresa e seus executivos em fóruns nas diferentes camadas da internet, incluindo a dark web e deep web, onde todos os tipos de ataques são encomendados e arquitetados.
Com esse tipo de varredura, é possível detectar planos para redirecionamento de tráfego do seu site para páginas falsas da internet ou das redes sociais, evitando dessa forma venda indevida ou fraudulenta de produtos com a sua marca.
Pesquisas de mercado apontam que as principais portas de entrada para malwares utilizados nos ataques de phishing e de ransomware, que encriptam os dados em troca de um valor de resgate, são os próprios colaboradores.
Na maioria das vezes, por falta de conhecimento, há descuido ao lidar com e-mails suspeitos, conexão de dispositivos USB, acessos a sites comprometidos ou uso de softwares com vulnerabilidades. Com o trabalho remoto, também aumentou o uso de dispositivos pessoais conectados à rede corporativa.
Além da tecnologia e dos processos, a conscientização das pessoas é um dos pilares essenciais para garantir a segurança dos dados e não sofrer com a paralisação da operação.
Com o objetivo de minimizar os riscos de interrupção dos serviços e garantir que os dados sejam recuperados de forma rápida e fácil, é muito importante ter um sistema de backup consistente, testado periodicamente para validação do seu conteúdo e da sua integridade, já que muitos ataques iniciam comprometendo o backup e depois impactam o ambiente de produção.
Além disso, é imprescindível ter uma documentação com o catálogo de todos os servidores e garantir a ordem de recuperação dos dados em um eventual desastre, reduzindo o tempo de recuperação dos dados.
Uma nova campanha massiva de infecção em lojas de e-commerce está em andamento com o nome de Hubberstore, o ataque ocorre a partir de um código JavaScript malicioso, utilizado para extração de dados pessoais e de cartões de crédito.
As recomendações nesse caso são as seguintes:
Garanta que os usuários tenham o mínimo privilégio e restrinja os acessos para as pessoas que realmente precisem, garantindo sua revisão e recertificação periódicas.
A implementação de segmentação na rede minimiza o risco que um ataque se espalhe rapidamente e sem controle, evitando grande impacto e prejuízo financeiro, e, por fim, utilize solução de cofre de senhas para aumentar a segurança nos acessos privilegiados.
Muito cuidado com as promoções irreais de sites e e-mails duvidosos que prometem preço muito abaixo do praticado no mercado. Veja se o site possui todos os certificados e o cadeado de segurança, exibidos na barra do navegador, assim como selos de fornecedores no rodapé da página.
É obrigatório que a empresa disponibilize informações de registro, como CNPJ, razão social e endereço da sede. Pesquise também em sites como o Posso Confiar, Reclame Aqui e Procon para saber se a loja é confiável.
Não clique em links que chegam por e-mail ou aplicativos de mensagens antes de checar a idoneidade da loja. Alguns criminosos fazem mudanças sutis no endereço (URL) que acabam passando despercebidas pelas vítimas. Na dúvida, digite o endereço da loja no navegador e pesquise pelo produto diretamente.
O cartão de crédito, especialmente o virtual, surge como o meio mais rápido e seguro para a confirmação da compra, oferecendo a possibilidade do estorno do valor em caso de fraude ou não recebimento do produto por falta de estoque.
O PIX caiu rápido no gosto do consumidor, mas tem sido utilizado para muitos golpes. Por isso, é preciso tomar muito cuidado, por causa especialmente da dificuldade de reaver o dinheiro em caso de fraude. O pagamento por boleto apresenta risco ainda maior porque há vírus que altera o código de barras do documento, desviando o pagamento para a conta de criminosos.
Algumas falhas de segurança são corrigidas pelos próprios fabricantes com novas versões dos sistemas operacionais. Portanto, antes de ir às compras, mantenha atualizados os sistemas do computador e dos dispositivos móveis, bem como das ferramentas de segurança, como antivírus e firewalls, para evitar a infecção por possíveis malwares durante a navegação.
Para toda compra online, você tem o direito de arrependimento e devolução do produto em até sete dias corridos.