Recentemente, o youtuber Felipe Neto lançou um aplicativo próprio, no qual seus fãs pagam uma mensalidade para ter acesso à vídeos e conteúdo exclusivo. Mas ele não foi o primeiro a entrar nessa onda. Há cerca de dois anos, muitos artistas, empresários e até jornalistas já têm visto nos apps uma forma de se aproximar do público sem as amarras editoriais e lucrativas firmadas pelas redes sociais.
Leia mais:
Aplicativo de Felipe Neto é mais baixado do que WhatsApp e Facebook
Skin Motion: aplicativo consegue “ler” e “reproduzir” som de tatuagens
Conhecido como reality app, essa prática já é uma velha amiga da socialite Kim Kardashian, que arrasta milhões em audiência com sua legião de fãs. No Brasil, Celso Fortes, CEO da agência digital Novos Elementos, que desenvolve esse tipo de plataforma, é um dos especialistas no assunto. O 33Giga conversou com o empreendedor para entender melhor essa nova tendência. Confira!
33Giga: O que são os reality apps e quais são os principais objetivos de quem usa?
Celso Fortes: Os reality apps são plataformas que geradores de conteúdo podem se manter conectados com seus fãs de uma forma muito mais segmentada. Ele dá mais flexibilidade e possibilidades de personalização em comparação a outras ferramentas, como o YouTube. O aplicativo vai funcionar como uma ponte para diminuir o espaço entre fã e ídolo. Também é um meio mais fácil para o gerador de conteúdo se manter conectado o tempo todo e mostrar sua rotina mais de perto para os usuários.
33Giga: Quem é a audiência desse tipo de app?
CF: Aqui a gente está falando de fãs. Pessoas que têm interesse real no artista, empresário ou jornalista e no que ele tem a oferecer. O objetivo é reagir positivamente, então não vai acontecer de aparecer comentários de agressão ao gerador de conteúdo.
33Giga: Quais benefícios essa plataforma traz para os geradores de conteúdo?
CF: Por conta da segmentação do público nesse tipo de plataforma, ela vai funcionar com uma dinâmica muito mais assertiva para entreter os usuários. Também pode ser uma boa forma de aumentar a lucratividade do gerador de conteúdo, não só por meio da assinatura paga e a venda de publicidade, mas por conta da possibilidade de criar funcionalidades para o app de acordo com o interesse dos fãs.
33Giga: Como a técnica tem caminhado no Brasil?
CF: O mercado ainda não se atentou aos benefícios da técnica e todos os ganhos que ela pode trazer para os artistas. Contudo, esse tipo de plataforma não é para qualquer um. É preciso ter muita disciplina para manter o aplicativo, a recorrência, produzir conteúdo de qualidade, manter a atenção do público e continuar a agradar os assinantes. Afinal, esse é o objetivo.
Se você tem alguma dúvida sobre tecnologia, escreva para 33giga@33giga.com.br e suas questões podem ser respondidas