A monetização ganhou grande repercussão recentemente quando o WhatsApp anunciou que passaria a compartilhar dados com o Facebook. Alguns usuários dos Estados Unidos e do Reino Unido foram contra a decisão, porém um relatório global lançado pela Worldpay, uma empresa de soluções e tecnologias de processamento de pagamentos, mostra que parte destes usuários tem se tornado cada vez mais propensa a compartilhar informações pessoais em troca de algum benefício.
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Intitulada The Future of Digital Payments, a pesquisa realizada em 2015 entrevistou cerca de 7.000 consumidores ao redor do mundo incluindo, além do Brasil,países como Alemanha, China, Estados Unidos, Índia, Japão e Reino Unido. O relatório fez uma projeção sobre o futuro dos métodos de pagamentos digitais, tendo como base os hábitos de pagamentos e de compras online dos consumidores destas regiões. A análise conclui que quase a metade destes consumidores, cerca de 45%, é propensa a trocar suas informações pessoais por recursos e serviços adicionais. No Brasil, quase dois terços (62%) dos entrevistados disseram que estariam dispostos a compartilhar seus dados.
Os consumidores brasileiros mais jovens são os que têm mais propensão a trocar dados pessoais por serviços. 68% dos que estão na faixa de 25-34 anos disseram que estariam abertos a monetizar suas informações pessoais, contra apenas 42% dos que possuem mais de 65 anos de idade. Quando se trata de gênero, as mulheres se mostraram mais reservadas que os homens. 58% delas estão mais propensas a passar seus dados, contra 65% dos homens. O local onde residem também é um fator que afeta as atitudes em relação à monetização de dados pessoais. 64% dos moradores dos grandes centros urbanos afirmaram que compartilhariam seus dados, em comparação a 45% da população rural.
“Esta pesquisa identifica que é cada vez mais comum e aceitável o compartilhamento de dados pessoais, principalmente entre os homens da geração Y que moram nos grandes centros urbanos. No decorrer dos anos futuros será mais fácil compreender de forma mais clara o que as empresas terão feito com estas informações e, principalmente, o quanto eles estão dispostos a pagar por informações pessoais. Esta possibilidade pode se tornar também comum na compra de conteúdos e serviços online, servindo como uma nova moeda de troca”, destaca Juan D’Antiochia, Gerente Geral da Worldpay.