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200 anos de Mendel: como o Pai da Genética contribuiu com a ciência

Gregor Johann Mendel foi um monge e cientista que fez estudos sobre a hereditariedade, utilizando ervilhas nos experimentos, e descrevendo leis sobre como as características são herdadas, sendo, por isso, conhecido como Pai da Genética. Ele descobriu como as características são transmitidas entre as gerações em um contexto no qual ainda não se tinha conhecimento a respeito do material genético das células – o DNA.

Mendel nasceu em 20 de julho de 1822 na pequena vila de Hynčice, no império Austríaco e faleceu em 1884 em Brun, então império Austro-Húngaro. O cientista não teve seu trabalho reconhecido em vida, mas os resultados de seus estudos foram essenciais para o desenvolvimento da genética. Tanto que teve seu pioneirismo reconhecido, já que muitos cientistas fizeram descobertas com base nos estudos feitos por ele.

Em 2022, o cientista completaria 200 anos de idade. Por isso, vale relembrar o que é genética e como essa área de estudo influencia a vida humana e pode ser uma grande aliada.

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O que é genética?

A genética é a área da biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, a transmissão de características ao longo das gerações. Dentro dela, é possível estudar a variabilidade entre os organismos, as doenças hereditárias, a genética de populações, os genes, entre outros assuntos.

Um dos importantes focos de estudo da genética são os genes – trechos do DNA que têm a informação para produzir uma proteína. O DNA guarda todas as instruções para construir e organizar o funcionamento do nosso corpo e cada gene funciona como um capítulo do grande manual de instruções que é formado pelo genoma. Os genes trazem instruções para a produção de proteínas específicas, que estão envolvidas nas mais diversas funções e características do corpo, como a cor dos olhos, o tipo de cabelo, a tolerância a alimentos e medicamentos.

Essas características são passadas entre as gerações no momento da reprodução. Isso porque o material genético de um indivíduo é composto por 50% dos genes do pai e 50% dos genes da mãe. Esses, por sua vez, também herdaram metade dos genes de seus pais, e assim por diante.

Como a genética pode ser uma aliada?

Graças aos estudos iniciados pelo Pai da Genética e continuados por outros cientistas, hoje é possível desenvolver produtos transgênicos, entender o desenvolvimento de alguns tipos de tumores, criar clones, realizar testes de paternidade, descobrir a ancestralidade, a predisposição genética a algumas doenças, entre outras importantes aplicações.

Ao estudar o 0,1% que um indivíduo tem de variações genéticas entre as pessoas (existe um compartilhamento de 99,9% do DNA com outros) é possível, por exemplo, descobrir sua ancestralidade. Isso porque alguns trechos do DNA são comuns entre pessoas de uma mesma etnia, pois vieram dos mesmos antepassados.

Para descobrir esses dados, basta realizar testes de ancestralidade que usam uma amostra de saliva. Essa coleta vai extrair o DNA, identificar variantes genéticas em todo o genoma e compará-las a trechos de diferentes povos ao redor do mundo. O teste meuDNA Premium, por exemplo, revela as nações que compõem uma ancestralidade com base em até 88 populações ao redor do planeta.

Estudando-se o material genético de pessoas do mundo inteiro foi possível entender as ondas migratórias dos povos e as semelhanças genéticas entre pessoas que conviveram em regiões próximas, ajudando a descobrir mais informações históricas e antropológicas dos ancestrais. Além disso, variações genéticas podem estar relacionadas a doenças, já que mutações podem ocorrer em genes. O teste meuDNA Premium também identifica esses dados.

Ainda é válido destacar que, com os testes genéticos, é possível investigar em recém-nascidos centenas de doenças raras tratáveis de forma indolor e rápida com uma pequena amostra de saliva coletada da bochecha.

Tendo essas informações resultantes dos testes genéticos em mãos, é possível pensar, junto a um médico, em práticas preventivas que possam impedir o desenvolvimento dos sintomas ou de uma doença.

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Genética futurística

A área da genética avançou tanto que, hoje, além de diagnosticar e triar doenças, é possível pensar na possibilidade de tratá-las usando o que se conhece sobre suas causas genéticas. Um exemplo disso é o desenvolvimento da tecnologia CRISPR-Cas9, que permite editar trechos específicos do DNA, e para a qual os cientistas estudam formas seguras de usar no tratamento de doenças.

Outra aplicação da genética, é o campo da farmacogenética, que usa as informações do DNA de um indivíduo para predizer como seu organismo metaboliza e reage a um medicamento, podendo auxiliar na indicação de qual o melhor remédio e qual a dosagem mais apropriada para um tratamento. Assim, as intervenções médicas tornam-se mais específicas, assertivas e seguras.

Com todos esses exemplos é possível perceber como entender o que o DNA diz pode ser uma poderosa ferramenta de autoconhecimento. Com as informações sobre sua genética, que podem ser descobertas com testes comprados pela internet, você pode descobrir seu passado e planejar o futuro de sua saúde. E tudo isso graças ao Pai da Genética e aos seus experimentos com ervilhas feitos muitos anos atrás.