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Opinião: Phubbing, mais do que falta de educação

Opinião: Phubbing, mais do que falta de educação

*Por Vivaldo José Breternitz

Chamamos phubbing à situação em que uma pessoa presta mais atenção ao seu telefone celular do que a alguém com quem está interagindo.

A palavra deriva das expressões inglesas phone e snubbing, do verbo to snub, que pode ser traduzido neste contexto como ignorar ou esnobar.

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Os pesquisadores italianos Luca Pancani, Paolo Riva, Tiziano Gerosa e Marco Gui, da Universidade de Milão, estudaram o assunto e publicaram no Journal of Social and Personal Relationships um artigo intitulado Mom, dad, look at me: The development of the Parental Phubbing Scale.

Os pesquisadores ouviram cerca de 3 mil adolescentes de 15 e 16 anos, procurando descobrir se e como eles são impactados por phubbing praticado por seus pais.

Os resultados não foram bons: o phubbing afeta negativamente o bem estar psicológico dos jovens e a forma com que se relacionam com outras pessoas, podendo mesmo levar ao desenvolvimento de sintomas de depressão.

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Os pesquisadores lembram que o uso cada vez mais intenso dos smartphones tende a tornar o fenômeno ainda mais grave e que não apenas adolescentes podem ser afetados.

Podemos classificar o phubbing como pura e simples falta de educação, que gera desconforto, mas devemos nos conscientizar que os males que causam podem ser ainda maiores.

É sempre oportuno falarmos sobre o assunto, na esperança que a evolução das normas de comportamento limite sua prática.

*Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.