Em uma sala cheia de computadores, adolescentes de 16 e 17 anos dão os primeiros passos no universo da programação sob a orientação de instrutores qualificados. Esta cena poderia acontecer no laboratório de informática de qualquer escola de classe média, mas, nesse caso, os protagonistas são jovens da Fundação Casa, instituição responsável pela aplicação de medidas socioeducativas de restrição e privação de liberdade no estado de São Paulo.
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Por meio da iniciativa Programaê!, fruto da parceria entre Fundação Lemann e Fundação Telefônica Vivo, agentes educadores, técnicos e pedagogos da Gerência de Educação Profissional da Fundação Casa vêm sendo trainados há dois anos para multiplicar o conhecimento sobre programação com as ferramentas Scratch e Code.org. Hoje, quase 300 jovens já estão participando dos cursos em 36 unidades da Fundação Casa. As meninas não ficam de fora, pois as aulas também estão sendo realizadas em três centros socioeducativos femininos.
Ao fim do processo, os alunos recebem um certificado do Programaê! e podem compartilhar os resultados de seus projetos, via internet, com outros usuários das ferramentas. De acordo com os aprendizes, os resultados positivos da iniciativa vão do desenvolvimento dos raciocínios lógicos e estratégicos até o progresso em matérias escolares como matemática, geometria e inglês. Muitos já extrapolaram o ambiente acadêmico e têm sentido evolução nas aptidões pessoais, como trabalho em grupo, tolerância e paciência, além da esperança de ter um futuro melhor.