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*Por João Lee // Um dos pilares do budismo, o conceito da impermanência, pode e deve ser aplicado ao e-commerce. Fórmulas usadas hoje para atrair mais visitantes podem não mais gerar resultados em alguns meses.
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Vale estar atento às tendências e às novidades tecnológicas deste ambiente em eterna transformação, repleto de concorrentes ágeis e agressivos. E, nesse sentido, reúno aqui algumas tendências que prometem marcar o e-commerce no próximo ano.
Um dos principais destaques – não apenas de 2022, mas dos próximos anos também – será o uso de sistemas de voz para a realização de buscas. Ainda que estejamos acostumados a usar dispositivos com interfaces visuais de textos, baseados na digitação, será necessário quebrar esse paradigma.
O conteúdo oferecido para as buscas também deve ser feito de acordo como falamos e não mais como escrevemos. O desafio do e-commerce está exatamente neste ponto, porque o jeito como falamos é diferente de como escrevemos.
Então, como responder de maneira relevante e de forma dinâmica uma busca realizada por voz? Se essa busca for voltada às compras, a primeira dica é ter comandos de voz que percorram todas as etapas do processo para concluir a aquisição de um bem ou de um serviço.
Também devemos parar de olhar para o Google como um elemento determinante de SEO. Já é hora de começarmos a analisar outras empresas e outros meios que também trazem importantes receitas online.
Um exemplo é a assistente virtual Alexa, da Amazon. Ela já gera compras, sem pedir licença ou sequer passar pelo Google.
O processo, inclusive, é muito fácil, se lembrarmos que a Amazon, que a criou, é um marketplace com M maiúsculo. Aliás, não é à toa que a Amazon seja um dos grandes players que brigam pela liderança neste segmento, ao lado da Apple e do Google.
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Cada vez mais pessoas acessam mais conteúdo e realizam mais buscas no celular em detrimento do desktop. Pesquisa realizada pela americana eMarketer, mostra que nos EUA as vendas via m-commerce cresceram 41,4% em 2020 e que crescerão mais 15,2% em 2021, alcançando US$ 359,32 bilhões.
As projeções apontam que até 2025 as vendas anuais via e-commerce pelo celular devem quase dobrar. Por aqui, o mercado acompanha este movimento. Segundo o relatório Webshoppers realizado pela Ebit|Nielsen, o m-commerce teve um crescimento recorde de 78% e um faturamento de 45,9 bilhões de reais em 2020.
Esse novo hábito tende a se intensificar com a chegada da frequência 5G. Portanto, a estratégia de SEO deve levar em conta essa tendência.
Por quê?
Se no desktop o objetivo como marca é fazer com que o usuário acesse a página, no mobile o objetivo passa a ser que este mesmo usuário instale o app ou deixe algum ponto de contato. E, claro, estratégias específicas precisam ser criadas nesse sentido.
E essas opções alteram a forma como entendemos o estágio de maturação desse potencial cliente. Igualmente, a maneira como pensamos o conteúdo para atrair esse lead muda e nos obriga a dar ainda mais peso ao CRM (sistema de gestão de relacionamento com o cliente) e à régua de relacionamento.
A terceira tendência que se está chegando, moldando o cenário de 2022, vem do outro lado do mundo. Mais especificamente da China, pelas mãos de seus players gigantes.
O que víamos até aqui era um mercado de dispositivos polarizado em Samsung e Apple. Mas, com a entrada da Xiaomi para brigar com os grandes, o cenário mudou radicalmente.
Da mesma forma, quando pensamos em buscas com o objetivo de compras via e-commerce, tradicionalmente temos o Google e seus algoritmos em mente. No entanto, talvez tenha chegado a hora de considerarmos cada vez mais o Baidu e os grandes marketplaces chineses como Alibaba e Shopee. Todos três vêm registrando enormes índices de crescimento de vendas.
*João Lee é sócio fundador da startup Simplex, especializada em aumento de tráfego e conversão de vendas on-line.