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Inteligência Artificial no SUS e educação digital: o que os candidatos à presidência prometem sobre tecnologia

Tecnologia e inovação são fatores importantíssimos para o avanço de um país. Ciente disso, o 33Giga analisou as propostas dos cinco principais candidatos à presidência da república (de acordo com seus planos oficiais de governo) para entender como o possível próximo chefe da nação encara essa questão.

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Foram considerados os planos dos candidatos Ciro Gomes (PDT), Cabo Daciolo (Patriota), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Hadadd (PT) e Marina Silva (REDE) – atualmente os únicos que tem, por meio de seus partidos, pelo menos cinco representantes no congresso nacional.

Marina Silva

O objetivo da candidata é favorecer um governo aberto e digital, pautado pelo uso de novas tecnologias de informação e comunicação para garantir serviços públicos mais eficientes. A ideia é aplicar inovações como Big Data, blockchain e inteligência artificial à gestão pública e, por meio delas, combater a corrupção e promover o aumento do controle social. Marina defende ainda a recriação do Ministério da Ciência e Tecnologia e a recomposição de seu orçamento.

Para a saúde, ela propõe o uso de novas tecnologias para modernizar os serviços. Entre eles, o agendamento de consultas por meio eletrônico e a criação de uma base única de dados do paciente. A partir disso, também simplificar processos da rede ambulatorial e hospitalar para apoiar diagnósticos e tratamentos.

Entre outras propostas gerais, a candidata fala sobre seus planos de levar mais acesso à tecnologia aos povos indígenas e aos idosos. Além de aumentar o nível tecnológico das Forças Armadas.

Ciro Gomes

O candidato sugere a integração e modernização dos sistemas públicos de Tecnologia da Informação e de Comunicação. Ainda nesse sentido, ele propõe a implementação de sistemas de Big Data no Governo Federal.

Em seu plano de Governo, Ciro diz que a política de ciência, tecnologia e inovação, articulada com uma preocupação industrial e educacional, é fundamental para uma estratégia de desenvolvimento nacional. Assim, ele propõe esse vínculo por meio da criação de estímulos à atuação conjunta de universidades, institutos de pesquisa e empresas para o desenvolvimento de produtos e novas tecnologias.

Por falar em empreendedorismo, o candidato pretende criar fundos de investimentos para empréstimos não reembolsáveis. A ideia é ajudar empresas que gerem e transmitam progresso técnico no desenvolvimento de tecnologias disruptivas e de grande impacto, a exemplo das startups.

Para a saúde, a ideia é aprimorar o sistema de gestão e incorporação tecnológica do SUS. Para isso, adicionar tecnologias como inteligencia artificial, biotecnologia e nanotecnologia. Já na política exterior, o plano é que os acordos comerciais priorizem o acesso a novas tecnologias e mercados. Dessa forma, desenvolver a produção de bens e serviços mais sofisticados no Brasil.

Guilherme Boulos

Guilherme Boulos publicou um plano com mais de 200 páginas. Nele, o candidato expõe a intenção de direcionar o sistema de ciência, tecnologia e inovação para atender as carências existentes na sociedade. Ele também expõe objetivos para continuar a estimular o desenvolvimento tecnológico e reestruturar a indústria brasileira com novas tecnologias.

Na sequência, o documento sugere a disseminação de tecnologias customizadas para criar nichos de mercado voltados a serviços tecnológicos ligado a manufatura e a bens públicos, como transporte, saneamento e energia renovável. Entre outras indicações, Boulos defende a atuação do Estado para prover infraestrutura física, científica e tecnológica e trabalhar junto com Institutos de Ciência e Tecnologia, universidades e o setor privado. Dessa forma, garantir mais competitividade para as empresas nacionais.

Fernando Haddad

O plano de governo de Haddad propõe recriar o Ministério da Ciência e Tecnologia para levar as decisões de C&T para os níveis mais altos de governo. Ainda nesse sentido, trazer para a educação o apoio e estímulo a novos modelos de ensino médio em tempo integral. Assim, usar ciências, tecnologia, humanidades e artes para deixar a experiência escolar mais atrativa para os alunos.

Quando o assunto é meio ambiente, o candidato quer investir na adoção de tecnologias específicas voltadas à sustentabilidade ambiental. A intenção é adotar tecnologias verdes modernas, flexíveis e inteligentes — como biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de baixo carbono, economia circula etc — que possam atender às demandas por sustentabilidade e inovação no País.

Para a segurança, o candidato quer usar um sistema inteligente para reduzir os índices de mortes violentas no País. A ideia é investir em alta tecnologia e monitoramento das fronteiras aliado à qualificação dos profissionais.

Geraldo Alckmin

Muito focado em educação, o candidato quer incentivar o uso de tecnologia pelos professores. O objetivo é estimular a inovação e as novas metodologias para potencializar o processo de aprendizagem dos alunos nas escolas.

Geraldo também tem a intenção de apoiar os estados e municípios na adoção de recursos pedagógicos e materiais didáticos digitais. A ideia é apoiar tecnologicamente o processo de alfabetização e o aletramento digital.

Para o ensino superior, o plano de governo tem a intenção de fomentar o desenvolvimento de pesquisas nas instituições universitárias públicas e privadas em articulação com o setor produtivo. Com isso, a ideia é garantir a competitividade do Brasil quando se fala em ciência, tecnologia e inovação.

Cabo Daciolo

Em seu plano de governo, o candidato destaca o potencial tecnológico e científico do Brasil, assim como a necessidade de criar grandes ações e políticas públicas no campo tecnológico. Entretanto, ele não expõe nenhum projeto ou intenção específica envolvendo inovação.

Em outro trecho, ele destaca que minério de ferro, ferro fundido, aço e óleos brutos de petróleo são os principais itens que o País vende para o exterior. A partir disso, há a intensão de criar políticas que incentivem a implementação de negócios voltados ao processamento dessas matérias-primas para promover desenvolvimento cientifico e tecnológico no País.

Jair Bolsonaro

O candidato afirma que o Brasil é um dos países menos abertos ao comércio internacional, o que dificulta a competitividade em segmentos de alta tecnologia. Para isso, a proposta é dinamizar o comércio internacional para que o País passe por um choque tecnológico positivo. Fato que pode aumentar sua produtividade e crescimento econômico a longo prazo.

Ele propõe também estímulo à inovação e às novas tecnologias por meio de políticas que ele chama de “do lado de fora”. Entre elas, a abertura comercial imediata para equipamentos que vão permitir ao País migrar para a indústria 4.0.

Por fim, o plano de Governo destaca inovações tecnológicas não especificadas dentro de uma nova estrutura federal agropecuária. Assim como a parceria com universidades para o desenvolvimento de novas tecnologias no Nordeste, com o objetivo de tornar a região uma matriz energética limpa, renovável e democrática.

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