*Por Fabrício Beltran, que fala sobre inteligência artificial no cinema
O impacto de obras culturais sobre a sociedade como um todo abre ótimas oportunidades de reflexões aprofundadas, sob diversos aspectos. Dentro dessa linha de raciocínio, não há como negar a influência do cinema moderno para a concepção que possuímos, ainda nos dias atuais, sobre inteligência artificial e figuras robóticas.
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É compreensível que o assunto – inteligência artificial no cinema – instigue questionamentos filosóficos, até relacionados ao entendimento do que é ser humano. No entanto, na prática, a realidade tem sido responsável por desmistificar algumas noções perpetuadas historicamente.
Isso colocado, destaco que não se trata de desqualificar a importância e o valor cultural de longas que retratam o tópico. Pelo contrário, eles cumprem função positiva de levar a discussão para milhões de pessoas ao redor do mundo, por meio de abordagens diferentes.
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Em termos convidativos, pensando na democratização de ferramentas tecnológicas, o primeiro passo a ser tomado é expandir o alcance do debate. Analisar o papel da inteligência artificial no cinema é uma iniciativa de extrema valia para todos os interessados.
Motivações obscuras e grandes corporativas
Ao falar de inteligência artificial no cinema, é comum observar, nos filmes, discursos megalomaníacos de líderes corporativos. Normalmente, eles são detentores de empresas globais. Se referem ao poder destrutivo de robôs para que um plano maligno seja executado e avance com a trama.
Essa é uma premissa que nos traz à mente exemplos famosos. A franquia “O Exterminador do Futuro”, filmes como “Eu, Robô”, entre outros, são alguns exemplos. Sem dúvidas, esse contraponto pode ser bastante atrativo, especialmente no que diz respeito às narrativas apresentadas.
Em nosso subconsciente, ainda mais quando jovens, absorvendo esses materiais, é natural que criemos projeções sobre um futuro dominado pela máquina, em que pessoas são subjugadas por suas próprias criações. O apelo lúdico é, de fato, muito instigador.
Entretanto, com a inclusão digital e a globalização, a própria sociedade tem se acostumado à presença da IA em vertentes variadas, normalizando o componente da inovação em nossas vidas. Isso traz clareza e uma sensação de proximidade, além de ganhos práticos, que possibilitam uma compreensão realista quanto aos propósitos da inteligência artificial.
Embate entre homem e máquina
Certamente, um dos estigmas mais propagados pela inteligência artificial no cinema, ao longo dos anos, foi o antagonismo de robôs ante figuras humanas. Não é difícil criar uma barreira entre esses dois lados.
Seguindo maniqueísmo bastante usual em filmes com essa temática, seres robóticos não se apoiam em qualquer tipo de consciência ou humanidade. Eles são programados para cumprir funções específicas e assim as fazem.
Vale mencionar que existem longas que fogem desse segmento criativo, questionando o livre arbítrio da máquina com reflexões existenciais interessantes – o melhor exemplo é “Blade Runner”. Hoje, existem serviços de automatização que visam replicar comportamentos humanos e reconhecer padrões, para que a melhor decisão seja tomada.
A similaridade com a inteligência artificial no cinema é real. As proporções resguardadas e, principalmente, os objetivos, muito distintos.
Cotidiano expõe sinergia entre partes opostas
Agora, deixando a inteligência artificial no cinema de lado, vamos falar da prática.
Ao tomar como referência o dia a dia operacional das empresas, tem sido cada vez mais decisiva a participação de soluções inovadoras. Isso ocorre sempre em prol de simplificar a vida dos profissionais e otimizar processos, oferecendo melhorias produtivas imprescindíveis.
Culturalmente, o que se tem evidenciado com frequência é uma coexistência benéfica entre ser humano e tecnologia. Desta maneira, o fator humano costuma sair beneficiado com o suporte automatizado.
Para finalizar o artigo, retorno a valorizar uma diversidade de obras audiovisuais que continuarão a surgir, trazendo novos pontos de vistas sobre um tema cuja relevância para a humanidade é imensurável.
O cinema proporciona debates essenciais. Nós, enquanto sociedade, estamos no meio de uma transformação digital ampla, com princípios bem resolvidos e contribuições a serem compartilhadas por todos, de forma acessível e inclusiva.
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*Fabrício Beltran é founder e head de inteligência artificial da Nextcode.