Um estudo da consultoria A.T. Kearney mostra como os sistemas inteligentes já estão remodelando as mais variadas indústrias e quanto as empresas precisam correr e se preparar para surfar a nova onda de inovação. A boa notícia, de acordo com a análise, é que as maiores mudanças ainda estão por vir, e há tempo para que as companhias criem estratégias vitoriosas de Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês).
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O surgimento de uma tecnologia capaz de ensinar máquinas a pensar como pessoas tem inúmeras implicações para trabalhadores, empresas, indústrias e para a economia como um todo. Intitulado “Will you embrace AI fast enough”, o estudo prevê que, nas empresas, a AI redesenhe as funções dos profissionais – das vendas e marketing até as funções de gestão de back office.
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Nos departamentos de TI, por exemplo, sistemas cognitivos já promoveram mudanças expressivas, substituindo administradores muito bem remunerados por máquinas capazes de monitorar, diagnosticar e corrigir falhas.
A A.T. Kearney aponta que a indústria investiu mais de US$ 2,5 bilhões em AI entre 2014 e 2017. As tecnologias de automóveis autônomos receberam o maior percentual desse capital (em torno de 20%). Além disso, a análise revelou alguns fatores que têm estimulado o desenvolvimento da AI, especialmente na área de machine learning. Entre eles, a A.T. Kearney destaca:
Poder computacional
O aumento expressivo nas velocidades de processamento dos computadores permite que sistemas coletem e processem muito rapidamente enormes volumes de dados. Hoje a informação é processada de 10 a 100 vezes mais rapidamente, acelerando o crescimento de modelos de redes de computadores inteligentes.
Custos
Os custos caem à medida em que as velocidades aumentam, otimizando os investimentos em machine learning. Com o custo de 1 milhão de transistores caindo cerca de 33% ao ano, as demandas por capital diminuem, enquanto o potencial de retorno cresce.
Disponibilidade de talentos
O crescente interesse de estudantes de tecnologia por AI tem levado as universidades a criar programas focados nesta tecnologia.
Aceitação cultural
As resistências culturais à AI caem à medida que os consumidores ficam cada vez mais confortáveis com recursos “inteligentes” em itens do cotidiano.
Líderes em adoção
O estudo aponta que a AI já avança do back office para as atividades operacionais nas empresas, incluindo a geração de documentos legais, serviços ao consumidor e até aconselhamento financeiro. No entanto, são as gigantes de tecnologia que saem na frente na comercialização de AI.
Amazon, Apple, Facebook, Google, IBM, Microsoft e outros pesos-pesados da era digital enxergam a inteligência artificial como uma oportunidade para transformar não só o setor de tecnologia, mas uma boa parcela da economia. Para essas organizações, segundo o estudo da A.T. Kearney, manter posição de liderança na próxima onda de disrupção tecnológica é um imperativo estratégico.
“Ver as grandes empresas de tecnologia na liderança do desenvolvimento de AI não é grande surpresa. O que chama a atenção é o entusiasmo de grandes e tradicionais representantes da indústria, como GE e Ford”, analisa Mark Essle, sócio da A.T. Kearney no Brasil. “Essas empresas reconhecem a importância da tecnologia cognitiva para a transformação digital de seus negócios centrais. Ambas planejam criar novos e melhores produtos e, ao mesmo tempo, abrir mercados com serviços viabilizados pela tecnologia de AI.”
Para avançar em AI
A transformação promovida pela inteligência artificial começa com lideranças visionárias. “As companhias que saíram na frente são lideradas por executivos capazes de adotar a tecnologia cognitiva como parte de um esforço estratégico que levará à próxima onda de evolução. A inovação conduz a cultura corporativa nessas empresas”, afirma Essle.
Aqui você pode acessar a íntegra do estudo “Will you embrace AI fast enough?”, da A.T. Kearney.
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