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Ineficiência em bloquear celulares após roubo estimula criminalidade

Furto ou roubo de celulares são comuns no Brasil e continuam sendo incentivados por causa da ineficiência em bloquear os aparelhos após o crime, mesmo quando a ação é solicitada pela vítima. Uma pesquisa do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) aponta que, apesar de o usuário solicitar o serviço nas operadoras ou na Polícia Civil, o telefone ainda pode ser utilizado.

Na prática, o bloqueio apenas protege os dados do proprietário do aparelho. Mas os telefones continuam em funcionamento e têm apenas a linha suspensa. Dessa forma, o celular ainda pode ser usado para acessar a internet e aplicativos, bastando estar conectado a uma rede Wi-Fi. E mais: há criminosos que conseguem burlar esse sistema, mudando o código de identificação do dispositivo, o popular IMEI.

O entendimento do setor é que se houvesse um bloqueio eficiente dos telefones, o número de roubos e furtos cairia.

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Compra de celular de origem duvidosa alimenta os crimes

Outro fator que alimenta a criminalidade é a compra de celulares no mercado ilegal. Thiago Leite Porto, pesquisador da PROTESTE, alerta que o consumidor não deve adquirir aparelhos de origem duvidosa.

“Essa compra motiva o movimento e isso irá gerar cada vez mais roubos. Além disso, é importante que o consumidor, assim que adquirir um novo Android ou iOS, configure o serviço de rastreamento remoto do aparelho, para que consiga mostrar para os policiais onde o smartphone está, ao fazer o boletim de ocorrência”, afirma.

Como bloquear o celular após furto ou roubo

É recomendável que os usuários de smartphones deixem o IMEI anotado à parte, para conseguir, se for o caso, fazer a interdição da linha posteriormente e registrar ocorrência na Polícia Civil. Geralmente, o código fica exposto na caixa do produto ou pode ser consultado pelo próprio celular: basta telefonar para *#06# que o número aparece na tela.

Agentes da Polícia Civil solicitam o bloqueio do IMEI no momento em que a vítima registra ocorrência, mas a suspensão da linha só ocorrerá se a vítima informar o código.

Dados do Sinditelebrasil mostram que 48% das pessoas que tiveram o telefone roubado ou furtado registraram ocorrência; 55% pediram o bloqueio do chip e do aparelho; 21%, só do chip; e 6%, do celular.

O que fazer caso a operadora não bloqueie o aparelho devidamente

Caso o cliente peça à operadora para fazer o bloqueio do aparelho roubado e ele seja ineficaz, é possível buscar uma reparação. “A empresa que não cumprir com pedido de bloqueio de um telefone furtado ou roubado responderá objetivamente pelos danos causados ao consumidor”, afirma Renato Santa Rita, especialista em Defesa do Consumidor da PROTESTE.  Nesse caso, basta que o cliente comprove que solicitou o bloqueio, e demonstre o prejuízo ou potencial prejuízo de o celular não ter sido bloqueado.

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