* Por Vivaldo José Breternitz, que fala sobre IA e o tratamento de doenças
A Inteligência Artificial (IA) já é utilizada para diagnosticar várias doenças. Agora, um projeto que vem sendo desenvolvido na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, procura verificar se a IA pode ser capaz de detectar demências precocemente, apenas analisando imagens obtidas por tomografias do cérebro.
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O professor Timothy Rittman, que lidera o projeto, diz que a tecnologia deve começar a ser testada em breve no hospital da Universidade.
Com o diagnóstico precoce deito por IA, pode-se adotar medidas terapêuticas mais cedo, visando retardar o desenvolvimento de demências, além de dar ao paciente e aos seus familiares mais informações sobre a provável progressão da doença de forma a ajudá-los a planejar suas vidas.
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O tratamento precoce pode fazer com que os sintomas da demência nunca cheguem a se manifestar.
Também está envolvida no projeto, a professora Zoe Kourtzi, que trabalha em outro estudo e usa dados capturados por tecnologias vestíveis, como smartwatches e braceletes, para prever doenças como Alzheimer até 20 anos antes do que é possível atualmente.
Segundo ela, hoje, para diagnosticar demências, os médicos precisam confiar na interpretação de varreduras cerebrais e testes cognitivos, muitas vezes ao longo de um período de tempo, dificultando diagnóstico e tratamento precoces.
Outros professores, como Tara Spires-Jones e Clive Ballard, respectivamente das universidades inglesas de Edinburgh e Exeter, não envolvidos no projeto, concordam que a ideia é interessante. Porém não acreditam que resultados práticos possam ser obtidos em curto espaço de tempo.
De qualquer forma, é uma aplicação de IA que traz esperanças de um mundo melhor.
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*Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie