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Halving do Bitcoin: entenda o mecanismo que diminui recompensa de mineradores

O halving do Bitcoin é um dos eventos mais esperados pela comunidade de criptoativos. Por isso, a exchange de criptomoedas Foxbit resolveu esclarecer as principais dúvidas dos investidores sobre o tema. João Canhada, CEO da empresa, respondeu seis perguntas mais comuns sobre esse evento que ocorre a cada quatro anos.

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1. O que é halving?

Para entender o que é o halving, primeiro deve-se contextualizar a criação do Bitcoin. Ele foi criado em 2009, por Satoshi Nakamoto, em uma quantidade finita, de 21 milhões – atualmente temos 18 milhões e 250 mil em circulação. Só que essa quantidade não estava disponível imediatamente, as criptomoedas precisavam ser “descobertas”. Isso se dá por meio de doação de poder computacional garantindo a segurança da rede e recebendo a recompensa. Esse processo consiste em encontrar blocos e Bitcoins.

O modelo de recompensa em Bitcoins por poder computacional premia os primeiros usuários e vai diminuindo o prêmio com o tempo. Assim, o sistema calcula de acordo com o poder computacional disponível ajustando para que, em média, a cada 10 minutos “ache” um bloco com uma recompensa que inicialmente era de 50 bitcoins. Pelo fato do bitcoin ser finito, a cada 210 mil blocos a oferta dentro desses blocos caem pela metade.

O halving foi pensado como uma forma de garantir esse prêmio aos primeiros usuários, determinando o corte pela metade do valor de recompensa a cada 210 mil blocos emitidos, o que leva, em média, quatro anos.

O primeiro halving ocorreu em novembro de 2012 e a oferta, que era de 50 bitcoins a cada 10 minutos, caiu para 25. No segundo, em julho de 2016, foi para 12,5 – valor atual. No halving de 2020, previsto para hoje (12), cairá para 6,25 bitcoins a cada bloco. Isso significa que os 1.800 Bitcoins minerados até o momento cairão para 900 por dia após dia 11 de maio.

2. Quando acontecer o último halving os bitcoins vão acabar?

O Bitcoin não vai acabar, mas todas as 21 milhões de moedas já terão sido descobertas e, portanto, estarão em poder de alguém. Os mineradores ainda serão recompensados por doar poder computacional, mas esses Bitcoins serão as taxas pagas para incluir as transações nos blocos minerados. A rede é pública e aberta, mas não é gratuita.

3. Quais as expectativas para o halving de hoje?

Por padrão, no período de 12 a 15 meses após os primeiros halvings, o Bitcoin teve uma alta com preços superando as máximas históricas. Embora seja difícil afirmar como será este ano, pois outros fatores impactam a precificação, a expectativa é positiva. Nos últimos anos, a criptomoeda vem competindo até com os melhores papéis das bolsas de valores ao redor do mundo. Começamos 2020 com o Bitcoin valendo R$ 29 mil e já estamos nos R$ 40 mil.

4. O Bitcoin deve bater o histórico de R$ 72 mil após o halving?

Levando em conta os históricos dos halvings, provavelmente, em 2021, esse valor seja alcançado e até ultrapassado. Os próximos dois anos serão empolgantes.

5. Com o halving, a mineração deixa de valer a pena?

O minerador deve calcular o custo, pois o quanto ele ganha é muito especulativo. A operação não demonstra ter um cenário deficitário, pois o número de mineradores está aumentando constantemente. Mesmo quando o Bitcoin estava em baixa, a quantidade de mineradores só aumentava. Então, eles não devem ter prejuízo. Mas, se hoje eles estão recebendo 12,5, e isso vai cair pela metade, eles já devem estar se preparando. Seja com operações no mercado de futuros em corretoras tradicionais que negociam Bitcoin, como a CBOE e CME, ou mesmo comprando máquinas com um preço melhor ou negociando a energia em um valor mais acessível. Assim, quando acontecer o halving, eles não entrarão em uma operação negativa.

6. O Bitcoin corre o risco de ficar tão caro a ponto de ser impossível adquiri-lo?

Com o estoque limitado a 21 milhões de unidades e uma população de quase 8 bilhões de pessoas, fica claro que não há um Bitcoin para cada pessoa no mundo. Mesmo que haja um recorte somente a milionários no mundo, ainda são mais de 56 milhões indivíduos. Não dá um Bitcoin inteiro pra cada um. Mas como o criptomoeda tem oito casas decimais, é possível comprar frações.

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