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Por meio de engenharia social, que são diferentes técnicas de manipulação para obter informações confidenciais, os cibercriminosos estão aproveitando o aumento de buscas relacionadas a candidatos, debates e informações sobre o período eleitoral para aplicar golpes virtuais e causar dor de cabeça nos eleitores.
Um dos golpes aplicados imita uma pesquisa de eleição. Os hackers enviam um link sobre uma falsa enquete para o WhatsApp da pessoa, que a direciona para um site fictício. Ao acessá-lo, a vítima dá acesso ao dispositivo móvel e os criminosos roubam dados pessoais, como número de cartão de crédito.
As redes sociais também não estão a salvo. Postagens com mensagens de candidatos ou com notícias falsas podem vitimar os mais desavisados, que ao acessar o conteúdo, permitem que os criminosos infectem celulares ou computadores. As mais comuns trazem falas com títulos sensacionalistas e muitas vezes falsos, os chamados “clickbaits”.
“Os criminosos não descansam. As pessoas devem estar alertas, questionando tudo o que recebem via internet para evitar caírem em golpes virtuais no período eleitoral. Adicionalmente, uma das melhores maneiras de se proteger contra ações de hackers é utilizar medidas de segurança adicionais, tais como autenticação de dois fatores”, ressalta Filipe Pinheiro, engenheiro sênior de segurança na Tenable.
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Para ajudar você a evitar cair em golpes virtuais no período eleitoral, a Tenable, empresa de gerenciamento de cyber exposure, separou 10 dicas para proteger seus aparelhos:
Mesmo que um parente ou um amigo tenha enviado um link, tome muito cuidado antes de clicar. O WhatsApp, por exemplo, indica quando uma mensagem foi muito compartilhada. Evite acessar esses links.
Procurar informações sobre os candidatos aos cargos públicos faz parte do papel de cidadão. Mas para garantir que está acessando informações verdadeiras e sem riscos de ataques de hackers, opte por sites ou canais oficiais de partidos políticos e da Justiça Federal.
Sendo a mídia social um dos principais canais de conexão entre pessoas e políticos, não seria estranho que algumas contas verificadas fossem comprometidas ou perfis falsos criados para compartilhar links com fraudes. Então, vale a pena exercer extrema cautela antes de acessar um endereço nas redes sociais, especialmente quando se é taggeado.
Mensagens maliciosas, geralmente, contêm erros de português – e isso pode ser um sinal para manter o clique longe.
Programas de antivírus podem, às vezes, custar um pouco caro, mas são mais uma garantia que seus dispositivos estão protegidos. Até porque o gasto financeiro e de tempo que você terá caso algum criminoso acesse seus dados pessoais será bem maior.
Pode soar trabalhoso e é verdade. Mas ter duas formas de desbloquear um aplicativo pode dificultar a tentativa de golpe.
Caso perceba movimentações estranhas em e-mails, contas de bancos, aplicativos de mensagens e redes sociais, mude imediatamente seu login e senha para evitar danos maiores.
Por falar em senhas, não use números ou letras de documentos, datas ou nomes. Misture letras maiúsculas e minúsculas e use caracteres especiais. E nunca repita a mesma senha para dois ou mais programas.
Na medida do possível, evite conectar-se a redes que não são suas ou procure não acessar páginas em que você tem que fornecer informações pessoais. Caso seja inevitável, use a função “incognito mode” de seu navegador. Isto lhe proporcionará mais segurança, pois o navegador não se lembrará de senhas, cookies e histórico de pesquisas.
Os criminosos cibernéticos utilizam todas as formas possíveis para enganar e explorar os usuários, aproveitando o fato de que nem todas as pessoas são tecnicamente experientes.
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