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Ontem (8), foi comemorado o Dia da Internet Segura. A data mobiliza usuários e instituições para estimular o uso seguro das redes e tem mais de 140 países signatários da causa, entre eles o Brasil. Conhecer as principais fraudes online, como funcionam e como se proteger auxiliam para um ambiente online mais seguro.
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Um estudo da OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online do país, e do AllowMe, plataforma de proteção de identidades digitais, levantou os principais golpes aplicados no comércio eletrônico em 2021, perfil da vítima que sofreu a fraude e o comportamento dos fraudadores.
Liderando a lista, o golpe da Compra Confirmada respondeu por 32% dos casos, seguido por Anúncio Falso e Roubo de Dados, cada um com 24%, e Invasão de Conta fechando o ranking com 19% dos casos.
O prejuízo estimado com as fraudes online aplicadas em 2021 foi de cerca de R$ 650 milhões, sendo os eletrônicos a categoria mais visada. Celulares estão no topo da lista dos produtos mais visados nas fraudes, representando 45%. Videogames ficam em segundo lugar, com 16%, seguido de computadores, com 15%.
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A maioria dos brasileiros que caíram em fraudes online são homens (77%), contra 23% de mulheres. 73% das vítimas têm até 31 anos.
A região sudeste é a que mais teve fraudes confirmadas, com o estado de São Paulo liderando com 46%, seguido por Rio de Janeiro, 11%, e Minas Gerais, 8%.
“A educação digital é fundamental para que as pessoas possam identificar comportamentos suspeitos e se proteger”, explica Beatriz Soares, diretora de Produto e Operações da OLX. “Da mesma maneira que adoramos práticas seguras ao sair na rua, devemos fazer o mesmo no ambiente virtual.”
Ao contrário da imagem clássica que se tem dos golpistas, eles não agem sozinhos e nem de maneira desorganizada. As fraudes online são praticadas por associações criminosas que se articulam em rede, criam inúmeras contas falsas (utilizando dados válidos de pessoas) e tentam atrair o maior número de vítimas – seja com anúncios, seja com abordagens para comprar itens anunciados por clientes legítimos.
Em 2021 foram usados e-mails vazados em mais 500 mil transações, e o principal uso foi para criações de contas. Em 14% das tentativas de fraude identificadas no período houve o uso de Máquinas Virtuais, ou seja, quando fraudadores utilizam um programa para emular um sistema operacional, simulando um dispositivo web.
A base de dispositivos envolvidos em fraudes cresceu 147% em 2021, sinalizando maior atividade dos fraudadores. Quanto maior a base de usuários, maior a possibilidade de analisar dispositivos utilizados por fraudadores e utilizar essas informações para proteger um grupo de clientes.
Com isso, a plataforma evitou R$ 1.102.704.800.00 de prejuízo com fraudes em 2021, aumento de aproximadamente 89% ante os R$ 581 milhões evitados em 2020. Em novembro, mês da Black Friday, já considerada a principal data do varejo, houve um incremento de 78% no uso de IP de alto risco vinculados a ataques cibernéticos.
“Percebemos que golpes aplicados através de engenharia social e também o roubo de contas digitais tem sido utilizado como as principais ferramentas dos fraudadores”, afirma Diana Carolina Herrera, head of Business Intelligence do AllowMe. “Nem todas as empresas possuem checagens através de múltiplas camadas, como validação de comportamento, análise do dispositivo e dados, por exemplo, os fraudadores têm a capacidade de mapear os fluxos de prevenção e subvertê-los com certa facilidade.”
O estudo analisou dados do mercado digital brasileiro, incluindo sites, apps e contas digitais de janeiro a dezembro de 2021, em uma base de cerca de 20 milhões de contas abertas em plataformas online.
Liderando o ranking dos golpes mais aplicados em 2021 com 32%, o golpe da Compra Confirmada é uma atualização do antigo golpe do Envelope Vazio.
Com o aumento das transações bancárias digitais, hoje o fraudador faz um falso comprovante de depósito com os dados da vítima e o envia por e-mail ou aplicativo de mensagem, fazendo a pessoa acreditar que o valor já foi depositado e entregue o produto da venda. Quando a vítima percebe o golpe, o fraudador já está com o produto e deixa de responder as mensagens.
O fraudador insere o anúncio de um produto nas plataformas de compra e venda, com o objetivo de atrair as vítimas. Na maioria das vezes, o produto é 40% mais barato que o valor de mercado. Imaginando ser uma oferta real, a vítima faz o pagamento e não recebe o produto.
Os fraudadores estão atentos a oportunidades para roubar dados das pessoas e os utilizarem em golpes futuros. Por isso, nunca compartilhe número de celular, endereço de e-mail, CPF e dados bancários com terceiros.
Também desconfie de links enviados para preencher vagas de emprego, que não sejam em páginas oficiais de empresas ou recrutadoras. Mantenha sempre as conversas pelos chats das plataformas, que possuem ferramentas para garantir a privacidade dos dados.
O grande objetivo desse golpe é se apropriar da identidade da vítima. Esse processo pode acontecer de diversas formas: brechas de segurança, vazamento de dados, ou até mesmo com golpes que fazem o próprio usuário compartilhar os seus dados.
A partir do momento que o fraudador tem acesso a essas credenciais, ele começa a usar as contas da vítima para se beneficiar ou para aplicar golpes em terceiros.