No final de novembro, os Correios anunciaram o fim do e-Sedex, o serviço de entrega exclusivo para pequenas e médias lojas de comércio eletrônico. A justificativa é que a em a empresa oferecia preço de pacote simples e com qualidade de Sedex, o que estaria custando muito caro para os Correios. Com o fim do serviço, os fretes de compras feitas em lojas online devem ficar mais caros a partir de 2017.
Se você tem alguma dúvida sobre tecnologia, escreva para 33giga@33giga.com.br e suas questões podem ser respondidas
Guilherme Bonifácio, CEO do Rapiddo, serviço online sob demanda para entregas expressas por meio de motoboys, acredita que essa seja a oportunidade para esse setor entrar em cena, uma vez que, ao subsidiar o e-Sedex, os Correios não permitiam que outras opções de frete se tornassem viáveis. “Acredito que a entrega no meio dia será uma opção cada vez mais competitiva para os e-commerces”, defende o executivo.
Comércio eletrônico segue em alta, apesar da crise
A crise afetou a economia brasileira em 2015, o que se prolongou por 2016. Mas se tem um setor que continua apresentando um importante e sequencial crescimento, este atende pelo nome de e-commerce. Segundo o relatório WebShoppers, divulgado pela E-bit/Buscapé, o mercado de vendas online registrou 15% de faturamento a mais no ano passado quando comparado com 2014. Ao todo, o setor registrou um expressivo valor de R$ 41,3 bilhões em vendas durante todo o ano de 2015, num total de 106,2 milhões de pedidos.
As seis categorias mais vendidas, em números de pedidos, foram: moda e acessórios (14%), eletrodomésticos (13%), telefonia/celulares (11%), cosméticos e perfumaria (10%) e empatados com 9% aparecem assinaturas de revistas/livros e casa e decoração.
A explicação é bem simples: a crise econômica e política que o Brasil vem passando levou o cliente a entender que a internet se constitui como uma saída eficiente na hora de comparar os preços e, consequentemente, economizar. Aliado a isso, ainda de acordo com o WebShoppers, 2015 registrou o surgimento de centenas de empresas novas, o que fez com que houvesse mais competição, o que levou, naturalmente, a menores preços e a melhores serviços.
Um dos maiores destaques para o comércio eletrônico em 2015 está relacionado à qualidade dos serviços prestados pelos varejistas online. A E-bit/Buscapé registrou uma queda no volume de atraso na entrega, chegando ao percentual médio de apenas 8% ao longo do ano. Porém, para garantir a entrega dentro do prazo prometido, o tempo médio anunciado pelas lojas aumentou.
“Agora, com o fim do e-Sedex, o e-commerce precisa se adequar às novas ofertas de entregas, e fazê-las por meio dos motoboys pode ser uma escolha eficiente para o setor”, diz Bonifácio.