Um estudo conduzido pela NASA confirma a existência de erupções vulcânicas em Marte. A suposição é que os vulcões estiveram ativos há, aproximadamente, 4 bilhões de anos na região de Arabia Terra, situada ao norte do planeta. A teoria foi levantada por uma equipe de cientistas, que publicaram uma pesquisa na revista Geophysical Research Letters em julho deste ano. A agência espacial americana, por sua vez, a constatou nesta quarta -feira (15).
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As erupções vulcânicas em Marte
Alguns vulcões podem produzir as chamadas “supererupções”. São explosões tão fortes que liberam nuvens de poeira e gases tóxicos no ar, capazes de bloquear a luz solar e até mudar o clima.
No caso de Marte, os vulcões expeliram o equivalente a 400 milhões de piscinas olímpicas. Neste contexto, rochas foram derretidas e gases foram jogados na superfície, como dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Um evento dessa magnitude ainda deixa buracos gigantes, conhecidos como caldeiras. Cientistas acreditaram que há, pelo menos, sete dessas crateras na Arabia Terra.
Os estudos
Os buracos encontrados em Marte foram considerados por muito tempo como depressões causadas pela queda de asteroides. Apenas em 2013 é que foi levantada a suposição de que se tratava de uma caldeira vulcânica. À época, um grupo de cientistas notou que as crateras não eram perfeitamente redondas e tinham alguns sinais de colapso. Mais tarde, outra equipe sugeriu a existência de minerais e cinzas na superfície.
A análise da NASA seguiu esses trabalhos. Usando mapas tridimensionais e imagens de cânions e crateras localizados a milhares de quilômetros das caldeiras, eles puderam ver depósitos ricos em minerais e camadas de cinzas muito bem preservadas. A partir daí, foi possível comprovar a existência de erupções vulcânicas em Marte, bem como o seu volume.
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