Na última terça-feira (7), El Salvador passou a ser o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal. Isso ocorre em meio a críticas de especialistas, instituições internacionais e resistência da própria população salvadorenha, que teme a volatilidade da criptomoeda.
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Segundo o presidente de El Salvador Nayib Bukele, a adoção do bitcoin irá ajudar a população a economizar US$ 600 milhões por ano em remessas ao exterior. A medida também deve dar acesso a serviços financeiros para as pessoas que não possuem conta bancária.
Dessa forma, empresas devem passar a aceitar pagamentos em bitcoin. Ao mesmo tempo, El Salvador mantêm o dólar americano, moeda oficial do país que dividirá espaço agora com a criptomoeda.
Para Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, a adoção do bitcoin como moeda oficial em países é uma decisão positiva. “El Salvador tem uma economia fragilizada. Muitas vezes, a inflação de um país pode ser maior que a volatilidade de uma criptomoeda. Portanto, adotar uma criptomoeda é uma forma de se proteger”, explica.
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De acordo com dados da Chainalysis, o uso de criptomoedas aumentou 880% entre os anos de 2019 e 2020 no mundo. Esse crescimento é impulsionado principalmente nos países emergentes em que há pouca confiança em bancos e a moeda oficial do país é desvalorizada. Cuba, por exemplo, anunciou também recentemente que irá legalizar as criptomoedas para pagamentos e outras movimentações financeiras.
“É uma notícia excelente e pode ser muito eficaz para o país contornar bloqueios e sanções internacionais”, comenta Tasso.