Uma das maiores comodidades que a internet trouxe para as pessoas foi a possibilidade de fazer quase tudo e de qualquer lugar utilizando apenas dispositivos móveis. Por isso, é cada vez mais comum que shoppings, cafés, aeroportos, hotéis, restaurantes e até praças públicas disponibilizem Wi-Fi de forma gratuita. De acordo com dados da Anatel, em 2016, o número de hotspots1 Wi-Fi (Wireless Fidelity) no Brasil ultrapassava o total de 1 milhão, o que mostra que essa é a principal tecnologia de acesso à internet no País.
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Tecnologia esta que facilita a vida das pessoas em deslocamento, o que aumenta consideravelmente nas férias. No entanto, toda esta facilidade pode ter um custo alto, já que a maioria das pessoas não atenta para o risco que estão sujeitas ao acessar redes públicas de Wi-Fi.
A razão é que nem sempre os estabelecimentos que disponibilizam a conexão se preocupam com a segurança dos dados de quem as acessa. “É justamente essa falta de preocupação que se torna um prato cheio para pessoas mal-intencionadas”, afirma a especialista em infraestrutura de TI da IT Line Technology, Sylvia Bellio.
Quando se fala em acessar o Wi-Fi público, o nível de vulnerabilidade é grande, segundo Sylvia. “Não sabemos quais são as políticas de segurança da empresa que está fornecendo a rede e se ela segue as práticas que vão garantir que os dados ali registrados estarão seguros”, alerta a especialista.
Como se prevenir
Se for imprescindível fazer o uso de redes públicas para acessar à internet, a especialista indica, abaixo, alguns cuidados básicos para te manter seguro durante as férias. Veja:
– Manter atualizados antivírus, firewall, sistema operacional e demais softwares;
– Verificar se a rede Wi-Fi disponível é mesmo oferecida pelo estabelecimento em questão – de preferência, pergunte pelo nome da rede e confira com a que está tentando acessar;
– Desabilitar os compartilhamentos de arquivos e impressoras, já que aumentam o acesso ao computador;
– Verificar se o site realmente é o que parece e evitar páginas suspeitas;
– Evitar fazer transações financeiras, como transferências bancárias e compras online com cartão de crédito, nesse tipo de ambiente;
– Usar senhas complexas nos logins;
– Desligar a conectividade de Wi-Fi no telefone para evitar a busca automática por pontos de acesso.
De acordo com a provedora de rede de Wi-Fi iPass, atualmente, há no mundo um hotspot Wi-Fi para cada 150 pessoas. A estimativa é de que até 2018 esse número aumente para 20 pessoas por ponto. No entanto, diante de todos esses alertas, a conclusão a que se chega é de que, por enquanto, a conexão realizada via redes públicas ainda é altamente arriscada. Por isso, o ideal é acessar remotamente apenas o básico.
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