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Passar longos períodos no espaço pode desencadear danos cerebrais em astronautas. É o que aponta um estudo realizado entre a Universidade Ludwig Maximilian (Alemanha), a Universidade de Gotemburgo (Suécia) e cientistas independentes da Rússia. O relatório foi publicado nesta segunda-feira (11) na JAMA Neurology. A publicação americana é especializada em neurologia.
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As evidências de danos cerebrais foram encontradas após o grupo observar marcadores sanguíneos de cinco astronautas que passaram, em média, 170 dias em órbita. Por padrão, uma pessoa que vai à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) deve retirar amostras de sangue antes e depois da viagem, bem como após três semanas do retorno.
Ao verificar as amostras coletadas ao longo de quatro anos e confrontá-las com neuroimagens, os cientistas identificaram lesões nas massas branca e cinzenta do cérebro. São danos leves, mas de longa duração, tendo potencial para acelerar a degeneração dos neurônios – algo que costuma aparecer apenas na velhice.
Em um primeiro momento, o grupo acredita que os danos cerebrais estão ligados à força da gravidade. Os cientistas afirmam que ela pode perturbar o fluxo de sangue venoso da cabeça. No entanto, ainda são necessários mais estudos para chegar a uma conclusão final. Também está nos planos descobrir formas de minimizar estes efeitos colaterais causados pelas viagens espaciais.
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