Por padrão, a alimentação dos astronautas consiste em comidas embaladas e desidratadas. Mas essa realidade tem tudo para mudar em um futuro próximo. Cientistas do Centro Espacial da Universidade de Montpellier e do Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (Ifremer) descobriram que ovos de peixes sobrevivem à pressão dos foguetes e podem ser criados com água encontrada na Lua.
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Para testar a ideia, os especialistas embalaram ovos de robalo e de corvina-legítima e os colocaram em recipientes com água do mar. Em seguida, eles foram submetidos à pressão de um instrumento que simulava a experiência de um foguete decolando. Mais precisamente, do modelo russo Soyuz, um dos mais potentes quando o assunto é vibração.
Ao final dos testes de resistência, a equipe descobriu que 76% dos robalos e 95% das corvinas sobreviveram e eclodiram. Os números, inclusive, são equivalentes ao aproveitamento dos ovos em condições normais na Terra, quando 82% dos robalos e 92% das corvinas costumam ter sucesso.
Aqui, é importante destacar que o robalo e a corvina foram escolhidos a dedo pelos cientistas. Isso porque essas espécies apresentam particularidades que combinam com o espaço, como exigir menos oxigênio, ter menor tempo de incubação e serem resistentes a partículas carregadas, uma vez que a radiação é maior do que na Terra.
Por enquanto, este projeto é um entre outros 300 sendo analisados pela Agência Espacial Europeia (ESA). A organização tem o objetivo de criar uma base permanente na Lua, já batizada de Moon Village. O estudo foi publicado na revista Aquaculture International e liderado pelo pesquisador Cyrille Przybyla.
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