Depois de muito suspense, a Netflix anunciou a data de estreia da 4ª temporada de Black Mirror, que chega ao serviço de streaming no dia 29 de dezembro. A série de ficção ficou conhecida por explorar as relações dos humanos com a tecnologia e até que ponto essa comunicação impacta a sociedade. Porém, nem tudo que aparece no show é pura invenção dos produtores ou algo que só pode ocorrer em um futuro muito, muito distante. De ranking de pessoas até abelhas robôs, conheça algumas das invenções futurísticas que já são realidade.
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Hackers everywhere
No episódio “Manda Quem Pode”, um garoto é chantageado após hackers invadirem seu notebook e captarem imagens comprometedoras. Para não sofrer esse tipo de ataque, Mark Zuckerberg usa uma fita adesiva para cobrir a câmera e o microfone de sua máquina. Assim, o criador do Facebook impede que um software malicioso que controla ambas as mídias consiga espioná-lo. Pode até parecer paranoia, mas a tática também é usada pelo atual diretor do FBI, James Comey.
Redes de ódio
Usar as redes sociais para disseminar o discurso de ódio é um tema abordado na primeira e na terceira temporada de Black Mirror. Embora vez ou outra um ataque apareça nas mídias populares, existem plataformas em que os usuários podem se expressar sem limites, o que dá margem para praticar racismo, homofobia e outros preconceitos. No fórum 4chan, os internautas abusam do anonimato para gerar polêmicas. Já o GAB tem como principal prerrogativa a liberdade de expressão quase absoluta.
Ranking de pessoas
No episódio “Queda Livre”, as pessoas são avaliadas por meio de um aplicativo. E sua nota depende até do que você pode comprar na cidade. Na vida real, existem alguns apps que possuem o intuito de ranquear amigos e desconhecidos, como o Hot or Not ou o famoso Lulu – hoje, inativo. Na época de seu lançamento, o programa causou polêmica porque as mulheres podiam avaliar anonimamente os homens. Dava para colocar hashtags e até dizer qual seu desempenho na cama.
Chatbot
Em “Volto Já”, uma mulher usa uma inteligência artificial para poder voltar a falar com o falecido marido. O chatbot é uma espécie de tecnologia que usa um banco de dados para conseguir criar uma conversa consistente. Ela, inclusive, é usada no aplicativo Luka. Criado pela engenheira russa Eugenia Kuyda, o programa usa posts das redes sociais de um amigo que faleceu, Roman Mazurenkopara, para bater um papo com qualquer pessoa. Está disponível para iOS.
Androides
No mesmo capítulo, a viúva também fez questão de comprar um androide idêntico ao marido falecido. Pode até parecer algo distante para a realidade atual, mas já existem projetos que tentam produzir robôs humanoides. Um deles foi desenvolvido pelo honconguês Ricky Ma. O designer gráfico construiu um androide caseiro baseado na atriz Scarlet Johansson. Ela consegue conversar, tem várias expressões faciais e até pisca, flertando com o seu criador.
Upload de consciência
Separar a consciência do corpo. Essa é a proposta do episódio “San Junipero” e também do bilionário russo Dmitry Itskov. O homem por trás do 2045 Initiative pretende transportar a consciência humana para avatares robóticos, permitindo que qualquer pessoa viva para sempre, já que a mente estará segura em um “recipiente” artificial. De acordo com as ambições do projeto, a fase final será concebida entre 2040 e 2045, quando um holograma, que seria a cópia de um humano, poderá ser controlado pelo cérebro do proprietário.
Supersoldados
“Engenharia Reversa” se passa em um futuro pós-apocalíptico no qual os militares possuem implantes no cérebro que os privam de emoções. Atualmente, existem diferentes programas espalhados pelo mundo que tentam moldar o soldado do futuro. Na prática, são pessoas que usam equipamentos avançados e possuem um treinamento mais rígido. Um dos projetos mais conhecidos é o FELIN, da França. Porém, por enquanto, nenhum país tentou modificar a consciência humana por meio da tecnologia.
Abelhas robôs
Em “Odiados pela Nação”, um grupo de investigadores tenta evitar que um terrorista virtual use abelhas robôs para matar pessoas, uma técnica eficiente em um mundo onde as abelhas reais entraram em extinção. Aliás, tal cenário não está tão longe. Isso porque o inseto foi colocado na lista de espécies em extinção pelo US Fish and Wildlife Service (FWS) em outubro de 2016. Para evitar um possível colapso mundial do ecossistema, um grupo de cientistas da Universidade de Harvard já está trabalhando em uma abelha robô, a RoboBee.
Realidade virtual
No episódio “Versão de Testes”, um homem se submete a ser cobaia de um videogame experimental. Transportado para uma realidade virtual, a tecnologia aprende os maiores medos do jogador e o leva a cenários assustadores. Na mesma pegada, existe o Night Terrors. O jogo de realidade aumentada para iOS traz monstros, fantasmas e assombrações para dentro da casa do usuário. O mais curioso é que ele deve ser obrigatoriamente jogado durante a noite e o game pode interferir no flash, tela e outras funções do smartphone.
Pedalar pela liberdade
Em um futuro alternativo, os prisioneiros são obrigados a pedalar em bicicletas ergométricas para acumular pontos e ter a chance de participar de um reality show que os mantém fora da cadeia. Essa é a premissa de “Quinze Milhões de Méritos”. No Brasil, há uma história parecida no Presídio de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Lá, existe um projeto chamado “Uma Luz para a Liberdade”, no qual os prisioneiros que passam 16 horas em cima da bike para gerar energia limpa, ganham um dia a menos na prisão.
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