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Black Friday: saiba os problemas mais comuns e aprenda, com especialistas, como evitá-los

Confira os problemas recorrentes da Black Friday e como você pode evitá-los

A Black Friday comemora sete anos em 2017 e pode ser uma boa oportunidade para antecipar as compras de Natal com bons descontos. Neste ano, o evento vai ser realizado na próxima sexta-feira (24) e diversas marcas já estão anunciando suas promoções na internet. Entretanto, é preciso estar atento: em 2016, o portal ReclameAqui registrou 2,9 mil reclamações no período, 22% delas foram relacionadas à propaganda enganosa.

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O dia internacional de ofertas segue o calendário norte-americano e é fixado na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. No Brasil, a primeira edição do evento foi em 2010, totalmente online. A princípio, o brasileiro se empolgou com as ofertas oferecidas, mas adversidades nas compras logo começaram a surgir. De acordo com Felipe Paniago, diretor de marketing do portal ReclameAqui, 2011 foi o ano que o termo “blackfraude” se tornou popular nas redes sociais graças a problemas no preço do produto.

O Procon-SP informa que, em 2016, 1.800 reclamações chegaram à instituição. Elas se concentraram em desconto real fora do apresentado, produto indisponível e cancelamento da compra por parte do vendedor. Problemas na entrega e com o valor do frete também foram transtornos recorrentes.

A maquiagem de preço foi a principal reclamação registrada pelo Procon em 2016 e a que ocupou 15,1% das queixas feitas no ReclameAqui durante o período. Paniago chama a situação de “tudo pela metade do dobro”. Vendedores aumentam o preço base para desconto no produto e aplicam um percentual que deixa a mercadoria próxima do preço geralmente praticado ou com pouca diferença do original. “Esse problema foi comum em 2010 e fez com que o consumidor desacreditasse no período de descontos no Brasil”, afirma o diretor.

Ainda de acordo com o Procon-SP, em 2016, outra reclamação bastante presente foi a do produto indisponível no momento de finalizar a compra. Na internet, lojas de e-commerce anunciaram determinada mercadoria. Entretanto, apenas no momento do pagamento, por exemplo, a plataforma digital informava que o objeto não estava disponível. Outro problema similar foi o cancelamento da compra: após finalizar a operação no site, o consumidor recebeu e-mail da empresa responsável, informando da indisponibilidade de produto.

Perspectivas
O portal ReclameAqui fez uma pesquisa com mais de 8 mil pessoas sobre a intenção de comprar na Black Friday de 2017. Mais de 4 mil delas querem aproveitar as promoções e ainda informaram sobre tipo de produto desejado e finalidade. A televisão está no topo da lista de desejos (16,58%), seguida por roupas e acessórios (13,84%). O smartphone, item bastante presente nas propagandas, ficou com 1,96% das intenções de compras.

O valor médio de preço que se pretende gastar nesta Black Friday ficou entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, e mais de 63% das pessoas desejam comprar itens para si mesmo.

Na opinião de Paniago, esse período é tão importante para o comsumo quanto o Natal e a pesquisa confirma tal impressão. Mais de 54% das pessoas que responderam a pesquisa informaram que pretendem comprar coisas relativas à data festiva.

Dicas
Segundo o Procon-SP, um das atitudes que mais evita problemas durante as compras da Black Friday é sempre consultar a oferta no site oficial da loja que a oferece. Outra opção é consultar a lista “Evite esse site”, disponível na página do órgão. Outra dica é acompanhar o produto desejado nos dias que antecedem ao evento e documentar a pesquisa feita. Isso ajuda a evitar mercadorias com “maquiagem” no preço ou descontos oferecidos.

Paniago alerta para sites desconhecidos. “Não é um momento de se aventurar em novos e-commerces. A melhor opção são os sites conhecidos ou que o consumidor já tenha tido boas experiências”. Segundo o diretor de marketing, uma das ocorrências mais graves são as falsificações de sites já renomados no mercado, em que até o layout é copiado.

Outro ponto de atenção é quanto ao valor do frete e prazo para entrega. “Se você vai fazer compras pensando no Natal, certifique-se de que o produto vai ser entregue a tempo e que o valor do frete não supera o da mercadoria”, afirma Paniago. 10 dias úteis, dependendo do período, pode significar mais da metade de um mês para receber o produto em casa.

O diretor do ReclameAqui ainda chama atenção para os marketplaces – e-commerces que revendem de pequenos vendedores. Paniago acredita que esse pode ser o principal problema para a Black Friday deste ano. “Essas plataformas podem confundir o consumidor. Empresas menores podem ter menos condições de entrega, por exemplo. Quando se compra por um grande e-commerce, essa diferenciação pode não ficar clara.”