O Dia das Histórias em Quadrinhos é comemorado no Brasil em 30 de janeiro, data que o jornal Vida Fluminense publicou a primeira das aventuras do Nhô Quim, escrita e desenhada por Ângelo Agostini, em 1869. Aproveitando que a comemoração se aproxima, alguns especialistas em ilustração da Wacom, fabricante de mesas digitalizadoras e monitores interativos, produziram uma lista com cinco dicas para se criar uma HQ.
“O mais importante para um artista que quer fazer um comic ou até um webcomic é começar. É normal evoluir com o tempo, mas nada disso vai acontecer se a história não sair do caderno de esboços. Comecei meu quadrinho, They Can Talk, em 2015, sem muito plano em mente. Desenhava alguns quadrinhos e postava online. Isso rapidamente tomou forma. O que começou como um pequeno projeto paralelo, superou as minhas expectativas e se tornou uma saída criativa satisfatória”, explica o artista Jimmy Craig, que publicou um livro a partir de seus quadrinhos online.
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1. Escolha um estilo
Não tem problema se inspirar em outros ilustradores para começar, mas conforme a história começa a ser produzida, é importante buscar um estilo próprio. Seja por meio do esquema de cores, o estilo da ilustração ou mesmo o layout, é importante que a HQ tenha uma aparência única.
Outro detalhe importante é a fonte escolhida para o texto. O artista deve se atentar para que ela seja algo legível aos leitores. Sem contar que, muitas vezes, o estilo da letra acaba complementando o tom da história, pendendo para o lado do humor ou do drama, por exemplo. Assim, é uma boa saber o que melhor se encaixa no objetivo escolhido.
2. Encontre sua voz
Da mesma forma que o estilo e a aparência da HQ devem ser identificáveis, o diálogo e o conteúdo também devem ser. Por exemplo, há muitos quadrinhos sobre gatos na internet, mas alguns artistas entram em evidência ao oferecer uma perspectiva única para o assunto – que é tudo menos único.
Por isso, escolha um tema ou assunto no qual é possível escrever a longo prazo. Seja uma série autobiográfica, um quadrinho sobre um personagem fictício ou sobre animais, é importante optar por algo que o manterá comprometido. As histórias podem evoluir ou mudar com o tempo, mas é importante permanecer consistente pelo menos na fase inicial de construção de um público.
A maneira mais fácil de encontrar a própria voz é escrevendo. Assim, não deixe nenhuma ideia de lado, boas ou ruins.
3. Escolha equipamento e software
Alguns artistas começam com lápis e papel antes de virar uma ilustração digital. Outros, já estão adaptados ao uso de uma ferramenta digital, como se fosse um caderno. É sempre uma questão de escolha pessoal.
A Wacom tem produtos tanto para quem está começando como para profissionais especializados. Quem ainda vai iniciar o processo de criação, por exemplo, pode investir em uma mesa digitalizadora da linha Intuos (com ou sem Bluetooth). Isso porque ela é usada no lugar do mouse e acompanha algumas licenças de softwares especializados que auxiliam na otimização de tempo e na qualidade da arte.
Já para quem prefere desenhar direto na tela, o monitor interativo Wacom One é uma boa opção para quem está iniciando na criação e ilustração digital. Ainda pode ser utilizado com Mac, PC e alguns dispositivos Android.
O Adobe Photoshop e o Clip Studio Pro, por sua vez, são os softwares queridinhos de muitos ilustradores para a criação de HQs. Com a caneta Wacom é possível, trabalhar em ambos de maneira diferenciada, alternando a ferramenta de pincel ou tamanho da linha com a sensibilidade à pressão da caneta, por exemplo.
4. Siga um cronograma
Criar uma rotina é um dos pontos mais importantes no desenvolvimento de novos projetos criativos. É possível escolher um dia da semana ou um horário ao longo da semana para focar na HQ – e é importante desenhar no período estabelecido mesmo que não tenha vontade para isso no momento. Muitas vezes, iniciar um quadrinho é um esforço solitário. A responsabilidade de se manter comprometido e motivado será sempre do artista. A boa notícia é que a partir de projetos independentes, pode-se já construir um público ou pelo menos aumentar o catálogo de trabalhos realizados.
5. Compartilhe e ouça
Não é necessário despejar o novo conteúdo em qualquer mídia, mas é importante experimentar diferentes meios para descobrir em qual lugar as pessoas estão respondendo melhor ao seu trabalho. Uma sugestão seria focar em duas ou três plataformas principais, além de seu próprio site.
Aproveite e compartilhe os quadrinhos com amigos e familiares. Faz diferença obter a opinião de outra pessoa ou até mesmo trabalhar com um mentor criativo.
Por último, embora as seções de comentários na internet possam ser horríveis, vale a pena se aventurar para ver o que as pessoas estão dizendo. Até porque é mais provável que você ouça uma crítica válida de um estranho do que de seu melhor amigo. Mas é importante também saber descartar o que não for agregar ao estilo e a voz que está em desenvolvimento.
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