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Como a computação quântica vai afetar sua vida nos próximos 10 anos

Falar de computação quântica hoje é quase como pensar em ficção científica. À primeira vista, parece algo com funcionamento complexo e obscuro, sem perspectiva de benefícios claros dentro de muitos e muitos anos. Mas a Minsait, companhia da Indra focada em consultoria de transformação digital e TI, aponta que essa percepção está longe de ser verdadeira. Na verdade, essa tecnologia terá impactos claros no cotidiano nos próximos 10 ou 20 anos.

A tendência está baseada na velocidade exponencial de adoção de novas tecnologias na sociedade atual e nos avanços constantes a que se dedicam as grandes empresas do setor. “Entendemos que os benefícios gerados com a adoção do computador quântico serão fundamentais na área de pesquisa e desenvolvimento, especialmente quando aplicado para resolver um problema em um tempo muito curto, como simular e otimizar processos como a construção de aviões mais seguros, projetar modelos econômicos, otimizar sistemas de inteligência artificial, ou simular todo tipo de moléculas, o que nos permitirá descobrir novos materiais, ou desenvolver novos remédios”, afirma Wander Cunha, head da Minsait no Brasil.

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E por que não estamos usando a computação quântica?

Obter todas essas vantagens tem um preço significativo. A Minsait aponta dois desafios fundamentais para serem resolvidos até à adoção eficaz do computador quântico em massa: superar condições físicas e garantir cibersegurança das informações contidas nos qubits.

Em relação ao primeiro tópico, é necessário lembrar que, para garantir o funcionamento de um computador quântico, é necessário que as temperaturas sejam inferiores a um grau kelvin (-272,15°C) e sem interferências externas.

Além disso, a complexidade de assegurar que a informação contida em um qubit físico não mude de forma imprevista também representa um obstáculo que ainda não foi superado. “A mera interação com o computador quântico produz essas instabilidades, o que torna muito complexo realizar cálculos e recuperar os resultados de maneira estável”, comenta Cunha.

Essa mudança rápida gera outra preocupação: cibersegurança. Muita gente se preocupa com o fato de que, devido à massiva capacidade de processamento dos computadores quânticos, uma parte dos sistemas criptográficos que asseguram a transmissão de informação hoje se tornem obsoletos – já que a limitação de custo e tempo poderia deixar de ser um problema para os computadores quânticos, comprometendo uma grande quantidade de informação sigilosa.

De acordo com a Minsait, hoje existem projetos que visam desenhar os primeiros sistemas criptográficos resistentes contra tecnologia de computação quântica. “A China já está realizando seus primeiros testes com essa nova tecnologia, a qual permite utilizar partículas subatômicas para transmitir informação entre pontos distantes de maneira imediata e segura utilizando princípios quânticos. Com essa tecnologia já não seria necessária a criptografia tradicional, já que a transmissão de informação seria imediata”, destaca Cunha.

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Enquanto a computação quântica não está acessível para o usuário final, aproveite para conferir vários produtos que já estão no mercado e foram testados pelo 33Giga: