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*Por Daniel Schnaider // Eles não falam nem “mãos para cima”. Cada vez que paro em um posto de gasolina me pergunto se vou precisar vender um rim da próxima vez. E como trabalho diretamente com logística, penso em meus clientes, afinal, o valor médio do diesel subiu 40% no último ano. Que facada!
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Vamos fazer uma conta básica aqui. O diesel está sendo comercializado por R$ 5,623. Em uma frota de 5 mil veículos, o valor por litro seria 28.115 para todos os caminhões. Lembre-se que estamos falando em 1L, mas, considerando que o mais econômico gasta 3,75 L/KM e pensando em um percurso de 100 KM para cada um deles, esse frotista irá gastar no dia, pelo menos, 1,875 milhões.
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Pois é. Chutando baixo, pois o modelo econômico não será de acessibilidade para toda essa frota.
Reclamamos para os amigos, nas filas do supermercado e nas redes sociais, mas não adianta. Os preços sobem cada vez mais, o que impossibilita muitas ações em casa, imagina dentro de uma empresa. Dinheiro que poderia ser investido para melhorar a cultura organizacional, profissionalizar motoristas, propagandas, está sendo queimado no motor de um caminhão qualquer.
Desesperador.
Mas você deve estar se perguntando onde quero chegar. Estamos na era tecnológica, aquela que facilita a comunicação, os processos burocráticos, as idas intermináveis ao banco, e porque não ajudaria na redução de custos? Ajuda sim.
Muito se fala em Internet das Coisas (IoT), mas pouco se tem a dimensão onde ela pode chegar, e pode dar aquele alívio no bolso do setor de logística frente a exploração que sofremos nos postos de gasolina. Consequentemente, no bolso do consumidor final, pois você acha que quem paga essa conta?
A redução deste custo tem muitos pilares como a direção do motorista – ações que podem gastar mais gasolina que o comum; as rotas – que podem ser mais curtas, mas se tiver mais subida irá gastar mais gasolina; e até gasolina adulterada, que pode acabar mais rápido e de quebra prejudicar o motor.
A IoT é capaz de identificar tudo isso e mandar alertas para as correções. Na empresa em que sou CEO, a Pointer by Powerfleet Brasil, implementamos uma solução em uma grande empresa, a Telemont – uma gigante de comunicação, em um projeto bacana para essa redução, a porcentagem foi de 26% a menos nos gastos com combustível.
Ainda, o projeto foi implementado com sucesso em uma empresa de papel e celulose, com caminhões ultra pesados; além de uma companhia de energia, com uma frota grande. A tecnologia utilizada em cada uma delas foi diferente, adaptada para cada necessidade, mas o intuito é mostrar que é possível, em diversos setores.
Lembra aquela conta que fiz lá em cima? Aqueles 1,875 milhões se transformariam em 1,387 milhões. Sim, uma economia de 488 mil em combustível. Agora multiplica por muitos mais quilômetros. A conta por si só defende a necessidade da tecnologia.
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*Daniel Schnaider é CEO da Pointer by Powerfleet Brasil