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Brasileiros ganham primeiro tablet ou celular aos 8 anos, mas pais não controlam atividades

Créditos: Divulgação/Kaspersky
8 outubro, 2020
Da Redação, com assessoria

Nem boneca, nem carrinho. Na semana do Dia das Crianças, os dispositivos eletrônicos se destacam entre os artigos mais procurados, como apontam estimativas de associações de lojistas no Brasil. Mas para os pais que planejam presentear os filhos com um smartphone ou tablet, é importante tomar algumas precauções na hora de deixar a criança navegar pela internet.

Apesar de as crianças brasileiras ganharem o primeiro celular ou tablet por volta dos oito anos – vale destacar que, em média, quase um terço (29%) recebe até os seis anos –, a grande maioria dos adultos não está bem inteirada sobre o que os pequenos fazem na internet.

De acordo com dados da empresa de cibersegurança Kaspersky e da consultoria CORPA, oito em cada dez pais admitem que: ou não controlam de maneira suficiente as atividades digitais (72%), ou não exercem nenhum tipo de monitoramento por entenderem ser algo “desnecessário” (10%). Já 18% dos entrevistados disseram que gostariam de ter mais controle, mas encontram dificuldade pela falta de tempo (14%) ou pela pouca habilidade com a tecnologia (4%).

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Assédio e depressão

Quase um quarto dos pais entrevistados (23%) afirma que seus filhos já tiveram experiências negativas na internet, sendo a principal delas o tempo excessivo em jogos online (19%). Também foram citados o acesso a sites de conteúdo adulto (4%) e compras sem o consentimento (3%). Já 1% disse que os filhos foram vítimas de assédio pela web.

Sobre as consequências da internet, os fatores mais apontados pelos entrevistados foram insônia (33%), diminuição das atividades sociais (21%) e queda na autoestima (19%). Já 8% dos pais afirmaram que os filhos passaram a sofrer de depressão.

De acordo com o estudo da Kaspersky, 27% dos pais possuem um programa de controle parental instalado nos dispositivos usados pelos filhos. Destes, 14% afirmaram que as crianças já tentaram desinstalá-los (mas apenas 1% teve êxito). “A educação é o ponto principal quando se fala em cibersegurança para crianças e adolescentes. Neste contexto, destaco a conversa franca como um ponto fundamental e a recomendação de levar a discussão sobre a vida digital para dentro do lar, tornando-se uma referência positiva também em relação a isso”, comenta Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.

Dicas para a educação digital infantil

– Estabeleça um diálogo sobre os perigos da internet com os seus filhos.

– Participe das atividades online de seus filhos desde cedo como um “mentor”. Pergunte sobre as experiências online e, em particular, se teve algo que fez o pequeno se sentir desconfortável ​​ou ameaçado, como assédio, sexting ou aliciamento.

– Defina regras simples e claras sobre o que eles podem fazer na internet e explique o motivo.

– Configure corretamente as ferramentas de privacidade nas redes sociais de seus filhos para que as mensagens sejam visualizadas apenas por amigos e familiares.

– Conte com uma solução de segurança de qualidade em todos os dispositivos conectados, como PCs, smartphones e tablets, e tenha ainda uma função de controle parental habilitada. Esta solução permite bloquear conteúdos inapropriados, mensagens de spam e ajudar a acompanhar as regras predefinidas de uso da internet.

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