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Datas comemorativas como Dia das mães, Dia das crianças, Natal e outras costumam ser extremamente movimentadas para o comércio, principalmente para o varejo on-line. Impulsionadas pela pandemia de covid-19, as vendas on-line acabaram caindo na graças do consumidor, o que favoreceu o crescimento dessa prática.
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Por isso, cada vez mais os varejistas se preparam para um tráfego superior nesses períodos sazonais do ano.
A última Black Friday é um bom exemplo do panorama do e-commerce no Brasil. Segundo dados da Akamai Technologies, empresa de cibersegurança e entrega de conteúdo, no Brasil, durante a última Black Friday (26/11/2021) houve um aumento de 9% no tráfego de varejo online em comparação com a Black Friday de 2020. É um volume 450% maior do que a média global observada pela empresa.
Entretanto, com o crescimento da demanda on-line, consumidores vêm sendo afetados pelo aumento da quantidade de robôs utilizados em compras na internet, os famigerados bots. Esse fenômeno faz com que os estoques das lojas se esgotem muito mais rápido e os mesmos produtos sejam revendidos por preço de duas até quatro vezes maior do que o valor inicial.
Por definição, um bot (abreviação de robô em inglês) é um software que opera como um agente para um indivíduo, grupo de indivíduos, organização ou mesmo negócios legítimos e executa tarefas automatizadas e pré-determinadas na internet, conseguindo realizar tarefas simples e repetitivas muito mais rápido do que um ser humano.
Em teoria, não deveriam oferecer risco aos usuários comuns, mas eles vêm sendo utilizados por criminosos de maneira maliciosa e abusiva. Os bots podem representar de 40% a 60% do tráfego geral da web de uma empresa, então é importante pensar sobre por que eles estão lá, o que estão fazendo e como estão afetando a estratégia online das marcas.
O que os cibercriminosos fazem, basicamente, é buscar qualquer item com alta demanda, entender a maneira como são comprados, e em seguida, desenvolver um bot para fazer a compra automatizada. Em geral, eles procuram pessoas interessadas naquele item ou segmento e oferecem um bot para efetuar a compra.
O consumidor compra o bot e efetua a compra de dois produtos. Dessa maneira, posteriormente, ele pode vender um dos produtos e recuperar o valor investido na compra do bot.
O uso de bots cresceu e se ramificou durante a pandemia, adaptando-se rapidamente às brechas do mercado. Esse aumento é constatado pela alta procura da linha de soluções construída em torno de bots que está crescendo 40% ao ano, tornando-se uma das áreas de segurança cibernética de crescimento mais rápido, de acordo com a Akamai.
Provavelmente, muitas pessoas já tiveram a experiência de aguardar o lançamento de um produto e assim que a empresa libera a venda no site, rapidamente o estoque se esgota. Muitas vezes, isso pode ser provocado pelos bots, que acabam afetando a experiência do usuário.
Como se fossem cambistas virtuais, eles buscam ofertas e edições limitadas dos produtos e, de forma automatizada, conseguem garantir uma grande quantidade de produtos, acabando com os estoques em minutos.
Essa prática, no entanto, faz com que pessoas comuns não consigam comprar o produto pelo seu preço original, já que é humanamente impossível conseguir finalizar uma compra na mesma velocidade de um robô. Um bot pode levar até 3 segundos para finalizar o processo. Não há como competir contra eles..
A grande questão é que essa prática além de comprometer os sites devido ao alto tráfego, também altera o preço do produto no mercado, pois assim que o estoque se esgota, o produto é lançado novamente, mas em outros sites com o preço mais elevado do que o inicial.
Por isso, com a proliferação de bots e revendedores nos últimos anos, empresas com comércio eletrônico têm buscado soluções de empresas de segurança cibernética de ponta para se proteger. O que os bots enfrentam nessas soluções são ferramentas de machine learning.
O que eles estão fazendo até certo ponto, como bot, é mentir. A questão é conseguir identificar a mentira no que está acontecendo.
Apesar de ainda não existir uma lei que proíba diretamente o uso de bots para esse fim, não é recomendado que se faça uso deles, pois isso viola os termos de serviço da loja e a conta do usuário pode ser restringida pelo vendedor.
Portanto, para tentar garantir a compra o ideal é que o consumidor crie sua conta na loja em que deseja fazer a compra e programe alertas sobre a reposição do estoque.