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*Por Marcelo Bella // Até os anos 2000, para se fazer uma transação bancária, era preciso carregar diversos documentos, comprovantes, enfrentar filas e muita burocracia. Com o mundo se tornando cada vez mais tecnológico, o setor financeiro precisou se modernizar. Mesmo assim, os bancos se mostraram resistentes e acomodados dentro de seus serviços, muito em virtude da robustez dos processos e do legado tecnológico. Tal comportamento acabou sendo uma excelente oportunidade para o surgimento dos bancos digitais.
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Com o advento de novas tecnologias, modelos mais ágeis de trabalho, pouca burocracia e sem filas, os neobanks conquistaram uma fatia expressiva do mercado brasileiro. Tanto é que somos os maiores usuários de bancos digitais do mundo, de acordo com uma pesquisa global da Mambu. Entre os serviços ofertados estão taxas baixas, cartões de crédito sem anuidade, empréstimos e seguros. Isso sem falar nas possibilidades de se investir com o auxílio de consultores pelo próprio aplicativo.
Um dos benefícios que merece destaque, por sua vez, é o atendimento 3.0. Esse modelo mostrou que o serviço dos bancos tradicionais era mais lento e burocrático. Hoje, os consumidores já estão adaptados a um atendimento todo feito online, por meio de um aplicativo e com a tecnologia a seu favor. É quase que inviável pensar em precisar ligar para uma central de atendimento para solicitar aumento de limite do cartão, consultar um extrato de fatura ou até mesmo operações de rendimento e investimento. Tudo está na palma da mão e pode ser feito em alguns cliques.
Toda essa facilidade atrai os usuários que entenderam que resolver suas demandas de casa, no meio de um passeio ou em um break do trabalho, é o que realmente eles desejam. Os bancos digitais englobam as reais necessidades dos clientes, unindo a tecnologia ao conforto.
A realidade é que banco não é necessário. Os serviços financeiros, sim, são essenciais. Esses estabelecimentos precisam se adequar e se atualizar, entendendo que perder tempo é o mesmo que perder dinheiro – e ninguém está mais disposto a isso.
Hoje, a competição está ligada à modernização e agilidade dos processos para os clientes, seja pessoa física, seja jurídica. A tecnologia proporcionou dar escalabilidade a modelos de negócios que antes não eram possíveis de serem realizados. Viabilização de integrações e desenvolvimentos rápidos de acordo com as necessidades dos consumidores é quase que diária. Atualmente, eles fazem parte do processo evolutivo dos sistemas, processos e modelos de negócio, ditando a velocidade e, muitas vezes, norteando a direção para novas funcionalidades, adaptações ou desenvolvimento de produtos.
No fim do dia, todos ganham: o mercado que precisa se adaptar para oferecer mais benefícios aos clientes, as empresas que melhoram seus processos e portfólio de produtos, e os profissionais desta indústria que passam por constante transformação.
*Marcelo Bella é CEO do Letsbank, banco digital que oferece soluções para ecossistemas B2B
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