Se a tecnologia tem criado jogos eletrônicos cada vez mais imersivos, também traz consigo um perigo mais do que real aos usuários. O número de ataques a gamers não para de crescer. Um levantamento da empresa de segurança digital Akamai apontou que a indústria sofreu mais de 240 milhões de ameaças de hackers em 2020, crescimento de 340% em comparação ao ano anterior.
Mesmo que esses ataques sejam mais direcionados aos bancos de dados e sistemas das empresas de jogos, os usuários podem adotar algumas táticas para reduzir os riscos de virarem alvo de hackers. A seguir, veja algumas dicas separadas pela CTC, empresa especializada em soluções e serviços de tecnologias.
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Desconfie do que vem fácil ou rápido
Uma parte considerável dos malwares tem como lógica incentivar os gamers a baixar alguma coisa em celulares, computadores e demais aparelhos. “Neste caso, é preciso parar, respirar e pensar com calma. Toda vez que aparece algum benefício de graça, uma versão desbloqueada, uma atualização de última hora, uma extensão especial, esses comunicados vêm disfarçados, como se fossem do sistema ou de um outro agente oficial. Um clique pode acabar totalmente com a brincadeira”, explica Fabio Covolo Mazzo, principal software architect da CTC.
Uma senha para cada login
Não adianta só ter uma senha por jogo. É preciso ter uma sequência para cada login da vida pessoal e profissional. “Se o usuário usa no game a mesma senha do seu banco ou do computador do trabalho, corre mais risco de ser invadido. Quando um hacker descobre uma credencial, uma das primeiras coisas que ele vai fazer é testá-la em todos os outros sites e serviços que a vítima usa”, alerta o especialista.
Use senhas fortes
Alguns grupos de hackers usam inteligência artificial para testar milhares de senhas por segundo – o chamado “ataque por força bruta”. Para evitar este tipo de ataques a gamers, a dica é ter combinações fortes e complexas. Evite incluir palavras, datas ou outras menções a sua vida pessoal.
Não salve as senhas no celular ou computador
“Os arquivos dos meios eletrônicos também podem ser invadidos. Portanto, deve-se escrever as senhas papéis e deixá-los em casa, em locais reservados”, aconselha Fabio.
Cuidado redobrado com o Minecraft
Minecraft, Counter-Strike: Global Offensive e Dota são os jogos, nessa ordem, mais utilizados como iscas para hackers roubarem dados, segundo um levantamento recente feito pela Kaspersky. Sendo assim, tenha maior cuidado ao participar destes games.
Cuidado com lançamentos
Na pressa de lançar um novo título no mercado, muitas empresas acabam deixando de lado a proteção – o que leva hackers a realizarem ataques a gamers. Por isso, o usuário deve ter cautela redobrada com esses jogos. A dica é segurar a ansiedade e esperar semanas (ou, melhor ainda, meses), para que as empresas resolvam não só os bugs, mas também os gaps de segurança.
Não divulgue nada pessoal
“Gamers precisam ter sensibilidade ao jogar MMOs e demais jogos em que há conversas e interação entre usuários. Divulgar dados pessoais é e sempre será perigoso”, afirma Fabio. Aqui, a dica é apenas usar apelidos (nicknames) e nunca compartilhar perfis de redes sociais. Isto é, crie um “personagem” dentro do jogo totalmente desconectado ao seu perfil.
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