De acordo com o The Guardian, empresas como a Apple, Amazon e Google escutam trechos do que seus assistentes de voz gravam, de acordo com as conversas dos usuários. O jornal afirmou que, apesar de não divulgarem a prática em suas políticas de privacidade, funcionários terceirizados colhem trechos de áudios trocados com a Siri, Alexa e outros assistentes, para melhorar o reconhecimento do algoritmo da aplicação.
Leia mais
Como o Spotify monta a playlist “Descobertas da Semana”?
Setify: conheça o site que transforma setlists de shows em playlists do Spotify
Conheça 10 atalhos do Spotify para ouvir músicas no computador
Essas escutas ajudam a categorizar as respostas com simples informações, como: se a voz foi acidental ou realmente uma conversa, se a consulta que o usuário fez foi algo que a Siri poderia ajudar e se a resposta foi apropriada, ,é um dos usos que as empresas fazem.
As corporações citadas pelo The Guardian também afirmaram que os dados são utilizados para entender, melhorar e reconhecer o que o usuário diz. Além disso, menos de 1% das ativações diárias é usada para essa classificação.
Quer ficar por dentro do mundo da tecnologia e ainda baixar gratuitamente nosso e-book Manual de Segurança na Internet? Clique aqui e assine a newsletter do 33Giga
A publicação britânica também afirmou que em abril deste ano foi revelado que a Amazon mantém uma equipe para analisar o que a assistente virtual Alexa ouve dos usuários. No início do mês de julho, o jornal destacou que funcionários do Google ouviam informações do assistente – vale ressaltar que o Google permite que os usuários desativem alguns usos das suas gravações –. Nos seus termos, a Apple afirma que pode usar dados captados para aprimorar o assistente de voz, mas não confirma que outras pessoas podem acessar essas gravações.
“Os novos assistentes virtuais chegaram para facilitar muito a rotina dos usuários. Ao alcance de um clique já é uma expressão ultrapassada, pois tudo pode ser feito com o comando de voz, desde acender ou apagar a luz, ligar a TV, marcar compromissos na agenda, até mesmo passar um cafezinho na cafeteria ligada ao dispositivo”, explica explica Diego Nogare, Chief Data Officer da Lambda3, empresa referência no setor tecnológico, com foco em soluções digitais.
Mas é necessário ficar atento às políticas de privacidade das empresas, quando se aceita e passa a utilizar esse tipo de serviço. “É importante que você esteja de acordo com as informações que serão repassadas, para que não tome um susto quando algo acontecer ou uma notícia, como está, ser divulgada”.