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“Pokémon Go da natureza” usa realidade aumentada como estratégia para salvar animais da extinção

Criado pela startup queniana Internet of Elephants, uma versão piloto do jogo Safari Central foi nesta segunda-feira (21) para Android e iOS. Nessa primeira versão, a realidade aumentada é utilizada para que os usuários possam tirar fotos com seis animais selvagens! No ano que vem, novos animais e funcionalidades serão acrescentados de acordo com a reação do público, transformando o app em um verdadeiro Pokémon Go da natureza, em que as pessoas poderão encontrar as espécies pelas cidades.

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No piloto do dia 21, um elefante, uma rinoceronte, uma lêmure, um pangolim e um urso-cinzento estarão ao lado de Atiaia, uma das onças-pintadas monitoradas pelo Pró-Carnívoros com o apoio do WWF-Brasil no Parque Nacional de Foz do Iguaçu, no Paraná. Os movimentos da Atiaia foram captados por câmeras escondidas na mata e serviram para criar uma versão realista do animal no aplicativo.

Com dados sobre a disposição geográfica, tamanho e hábitos da onça e dos outros animais, os desenvolvedores da Internet of Elephants criaram uma versão digital de cada bicho, que agem como se estivessem em seu habitat natural, rugindo, caminhando e muito mais.

Crédito: Divulgação
No Safari Cental, é possível trazer os animais selvagens para a cidade.

O objetivo do Safari Central é transformar a horda de mais de 2 bilhões de jogadores no mundo em ativistas ambientais. Para isso, será lançado junto com a primeira versão do app um concurso de fotos que premiará a melhor fotografia tirada com o jogo com um safari de sete dias pelo Quênia para duas pessoas. Desafios semanais também darão prêmios menores, como pôsteres assinados por fotógrafos e artistas de cada país – Brasil, Quênia, Madagascar, Estados Unidos e deserto do Kalahari, na África.

O jogo é totalmente gratuito, mas o aplicativo oferece oportunidades para fazer micro pagamentos que se acumularão e irão para cada uma das seis organizações de conservação parceria da Internet de Elephants: Chicago Zoological Society no Brookfield Zoo, Conservation International, Ol Pejeta Conservancy, Space for Giants, Tswalu Fundação e Instituto Pró-Carnívoros.

Segunda versão 

O jogo completo do Safari Central, programado para lançamento em 2018, contará com dados GPS dos movimentos reais de cada animal em todo o seu território – uma onça que patrulha a floresta brasileira, talvez, ou um elefante que navega na savana do Quênia – sobrepostas em cidades do mundo. Os jogadores seguem e tentam detectar as versões virtuais dos animais, conhecendo informações sobre seu comportamento, que vão lhes dando vantagens táticas.

“Em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais conectadas via redes sociais, a ideia de dispersar conhecimento e chamar a atenção para a conservação e preservação da biodiversidade mundial por meio de um jogo lúdico é sensacional. Este aplicativo permitirá que pessoas de todos os cantos do mundo se engajem com as questões ambientais e contribuam para o bem do planeta”, comenta Ricardo Boulhosa, vice-presidente do Instituto Pró-Carnívoros.

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