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*Por Natane Silva, que fala sobre a evolução dos aplicativos de celular e a pandemia
Seja no transporte coletivo, durante a refeição ou na roda de conversa entre amigos, os smartphones se tornaram, praticamente, extensões do próprio corpo. São itens indispensáveis à rotina.
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Segundo a 31° Pesquisa Anual do FGVcia (Centro de Tecnologia de Informação Aplicada), em 2020, o Brasil contava com 234 milhões de celulares ativos. São cerca de 20 milhões de aparelhos a mais que a população atual, que é de pouco mais de 214 milhões de pessoas.
Outro relatório, sobre o impacto econômico e social do Android comprova a quase onipresença do mobile. Realizado pela consultoria americana Bain&Company em parceria com o Google, o estudo revelou que, em 2019, 97% dos usuários da World Wide Web já acessavam a internet por meio de um smartphone.
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Não à toa, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países que passam mais tempo conectados, segundo um estudo da Hootsuite com a We Are Social. Cada brasileiro fica online, em média, 9h20 minutos por dia. Desse total, 4h45 minutos são gastos em dispositivos móveis.
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Os brasileiros apresentam um comportamento muito interessante – e paradoxal – em relação ao acesso de aplicativos x web. Apesar do acesso às páginas eletrônicas ser maior, se gasta mais tempo em apps que na web.
Em 2020, por exemplo, os brasileiros passaram quase 5 horas por dia utilizando aplicativos de celular, segundo o relatório The State of Mobile 2021, da plataforma App Annie.
Alguns estudos mostram que, durante a pandemia, o hábito dos brasileiros em relação à instalação de aplicativos nos smartphones mudou. A RankMyAPP, empresa da área de marketing digital, constatou um crescimento considerável nos downloads de apps das categorias de delivery, finanças, comércio eletrônico, fitness e streaming.
Segundo a AppsFlyer, empresa de análise de dados de aplicativos de celular, houve aumento médio de 25% no número de instalações de apps em todo os Estados brasileiros. De acordo com a empresa, as categorias mais baixadas foram as de delivery de comida, reuniões on-line, comércio eletrônico e fitness.
Um estudo realizado pela companhia Sensor Tower – e divulgado pelo Cuponation – indica que o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de países que mais fizeram downloads de aplicativos no terceiro trimestre de 2020. Um total de quase 3 bilhões de instalações.
Apesar dessas mudanças de comportamento durante a pandemia e do aumento nos downloads de apps, a instalação de um aplicativo não significa, por si só, que eles irão voltar a ser os “trends topics” da tecnologia. De acordo com o relatório The Uninstall Threat – 2020 Uninstall Benchmarks, da AppsFlyer, 53% dos aplicativos de celular são removidos do device até um mês após a instalação. E, em 45% dos casos, a desinstalação acontece um dia após o download.
Aqui, é interessante pontuar que existe uma distorção nessa questão. Isso porque é limitado o número de aplicativos de celular que são quase que unânimes nos aparelhos da população.
O top 10 dos apps mais baixados no mundo, por exemplo, é dominado pelos aplicativos de celular de redes sociais. Para se ter ideia, em 2020, os 10 apps mais baixados no mundo, segundo a empresa de inteligência Apptopia foram:
No universo dos aplicativos de celular, uma tendência tem ganhado força e pode ser vista como o futuro dessa tecnologia. É o Progressive Web App (PWA). Trata-se de é uma aplicação desenvolvida em linguagem web para parecer e se comportar como um app nativo.
Instalável e otimizado, o PWA une alcance e engajamento em um só pilar. Ao se utilizar de pré-cache, não necessita de internet para funcionar.
O potencial dessa inovação é grande. Tanto que foi capaz de unir as gigantes Google e Microsoft. Levando em consideração que 9 em 10 usuários de smartphones no Brasil utilizam o sistema Android e que, atualmente, já é possível baixar um PWA na Google Play – mas não na Apple Store –, varejistas precisam estar atentos para não perder as oportunidades que esta aplicação traz.
A verdade é que, no atual contexto de aumento das conexões – e das transações – a distância, a telinha do mobile guarda um mundo inteiro bem na palma de nossas mãos!
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*Natane Silva é redatora na Wejbump e uma das responsáveis pela implantação do Núcleo de Diversidade e Inclusão na empresa.