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Alexa no espaço: assistente de voz fará parte de missão da NASA

Créditos: DepositPhotos
26 janeiro, 2022
Da Redação, com assessoria

*Por Vivaldo José Breternitz // Alexa é um assistente de voz fornecido pela Amazon. Esse tipo de equipamento pode ser definido como um dispositivo que aciona recursos por meio de comandos dados verbalmente pelo usuário, como o acionamento de climatização e iluminação domésticas, a realização de pesquisas no Google, entre outros. Comandado por Alexa, opera um alto-falante chamado Echo, que responde ao usuário.

Em breve, Alexa deverá ser o primeiro assistente de voz a operar no espaço. No final deste ano será lançada a primeira missão do Artemis, um programa de voos espaciais tripulados desenvolvido pela NASA em parceria com empresas privadas e que tem como objetivo levar a primeira mulher e um homem à Lua em 2025.

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Essa primeira missão, no entanto, não será tripulada. Está sendo planejada uma espécie de “experiência de tripulação virtual” no Centro Espacial Johnson da NASA. Ali, estudantes, convidados e pessoas ligadas ao controle da missão, simularão comandos e conversas envolvendo astronautas e Alexa.

Evidentemente, a Alexa e o Echo que serão utilizados na missão são muito mais sofisticados que os de uso doméstico. A assistente virtual terá acesso aos dados de telemetria da espaçonave, responderá a perguntas relacionadas à missão e controlará dispositivos como a iluminação da cabine.

A Amazon aprimorou seus algoritmos para considerar a acústica da nave e o sistema será conectado à Deep Space Network, uma rede internacional de antenas que tem a função de viabilizar comunicações e monitoramento das diversas naves que estão no espaço.

A Amazon usará as lições aprendidas durante essa primeira missão tanto para melhorar a Alexa para jornadas futuras quanto para usuários comuns – os quais terão desde já acesso à telemetria, às imagens e aos vídeos (incluindo a transmissão ao vivo de lançamento) do Artemis, bem como notificações acerca de marcos importantes da missão.

A NASA e a Amazon esperam também motivar estudantes para carreiras ligadas à indústria espacial, permitindo tours digitais pelo Johnson Space Center e disponibilizando um currículo STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics) criado com a ajuda da National Science Teaching Association. São novas ferramentas aplicáveis à educação, que talvez um dia possam chegar a escolas e estudantes brasileiros.

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*Vivaldo José Breternitz é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atualmente é consultor de empresas.

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