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A telemedicina é uma modalidade que permite aos profissionais da saúde fazer atendimento médico à distância. É possível realizar teleconsultas, teleassistência, telediagnósticos e muito mais, basta que se tenha conexão à Internet e ferramentas de voz e vídeo.
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Adriano Fontana, CEO do BoaConsulta – healthtech que conecta pacientes a especialistas da área da saúde –, explica que a teleassistência tem como função viabilizar o auxílio rápido em emergências e o acompanhamento de situações de risco. “Já a teleconsulta é todo tipo de atendimento feito por áudio ou vídeo com pacientes ou entre profissionais da saúde (como quando um clínico geral procura a segunda opinião de um especialista)”.
No Brasil, desde outubro de 2018, a telemedicina é permitida apenas para atendimentos psicólogos. Mas com a urgência e o aumento da demanda durante a pandemia de covid-19 – além da necessidade de distanciamento social –, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou a prática, em caráter excepcional, enquanto a situação de emergência em saúde pública durar no País.
De acordo com o governo, a regulamentação se dedica a atender a demanda de atendimentos pré-clínicos, de suporte assistencial, consultas, monitoramentos e diagnósticos. É importante destacar ainda que isso vale não apenas para a rede privada, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Com essa abertura, temos uma maneira de garantir o acompanhamento médico de pacientes sem deixar de lado as orientações de ficar em casa”, destaca Mára Rêdiggolo, COO e cofundadora da Dandelin, plataforma que conecta pacientes e médicos e facilita o agendamento de consultas online. Ela também destaca que a telemedicina é grande aliada na missão de não sobrecarregar o sistema de saúde.
Com as pessoas sendo atendidas sem sair de casa, as cidades têm menos gente circulando nas ruas, em clínicas e hospitais. Dessa forma, além de diminuir muito o potencial de contaminação da população, vai permitir que os recursos dos centros médicos sejam dedicados aos casos mais graves e de maior complexidade.
A telemedicina, dentro ou fora de um contexto de pandemia, ainda tem grande potencial para democratizar o cuidado medico. “Em um país extenso como o Brasil, essas tecnologias quebram barreiras geográficas e conectam quem atende a quem precisa de assistência em qualquer lugar. Por meio delas, conseguimos oferecer menos requisitos e mais igualdade no acesso à saúde”, destaca o CEO do BoaConsulta.
Por isso, apesar da teleconsulta entre médico e paciente ter sido liberada apenas por conta da demanda atual, a expectativa é que a modalidade seja reavaliada e permaneça em atividade com uma nova regulamentação, mais abrangente e completa. “Acredito que ela se tornará algo cada vez mais recorrente. Afinal, otimiza os recursos do sistema de saúde e oferece mais agilidade no atendimento – o que já é observado nos EUA, Europa e Ásia, onde a quantidade de teleatendimentos só cresce”,
Para Mára, a telemedicina já deixou de ser uma perspectiva de futuro e estará cada vez mais atrelada à rotina das pessoas. Segundo ela, a tecnologia vem para dar um grande empurrão para o diagnóstico e o tratamento de doenças, além de ser fundamental para democratizar e tornar o acesso à saúde cada vez mais humano.
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Que a medicina avançou ao longo do tempo, não é segredo. Mas voltar para analisar o passado dessa área tão importante para a sociedade ainda surpreende. Na galeria, abaixo, você confere fotos que mostram como os tratamentos médicos eram antigamente:
No século XVII, os médicos que tratavam pacientes com a peste bubônica usavam um trage especial de couro e um "bico de pássaro" com especiarias aromáticas pra protegê-los do miasma, que eles acreditavam carregar a doença| Berlin's Deutsches Historisches Museum
No século XVII, os médicos que tratavam pacientes com a peste bubônica usavam um trage especial de couro e um "bico de pássaro" com especiarias aromáticas pra protegê-los do miasma, que eles acreditavam carregar a doença| Berlin's Deutsches Historisches Museum
Imagens de próteses mecânicas desenhadas por Ambroise Paré, cirurgião real oficial dos reis Henrique II, Francisco II, Carlos IX e Henrique III | National Library of Medicine
Imagens de próteses mecânicas desenhadas por Ambroise Paré, cirurgião real oficial dos reis Henrique II, Francisco II, Carlos IX e Henrique III | National Library of Medicine
Imagens das radiografias ilustrativas do conceituado Manual de Anatomia Prática de Cunningham, de 1920| Internet Archive / California Digital Library
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Ilustrações produzidas em 1745 para um atlas sobre cabeça, pescoço e ombros do corpo humano | medicalheritagelibrary
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Manuscritos do final do século XII com demonstrações de plantas herbáceas e vários procedimentos médicos medievais, como cauterização e remoção de hemorroidas | British Library
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