Provavelmente você nunca parou para refletir sobre os critérios usados para escolher suas senhas de segurança quando faz qualquer cadastro na internet. Saiba que, mais do que simplesmente sentar na frente do computador, quando se trata da criação de senhas pessoais existe todo um misto de psicologia, comportamento e atitudes da sua personalidade que influenciarão a maneira como você faz isso.
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Quem garante essa informação é a pesquisa Psicologia das Senhas – feita pela Lab42 a pedido da solução de gerenciamento e acesso da LogMeIn – que ouviu 2.000 adultos do mundo todo e que têm pelo menos uma conta online. A pesquisa quis destacar a psicologia em torno dos motivos que levam os usuários a manter maus hábitos em relação às suas senhas, apesar de compreenderem os riscos óbvios desse comportamento.
Sua personalidade determina o porquê – mas não como – você pode ser hackeado
Quando o tema é segurança online, o tipo de personalidade não revela comportamentos, mas demonstra como os consumidores racionalizam seus hábitos com relação às senhas. Entre as principais conclusões em torno dos tipos de personalidade online, o estudo destaca que quase metade dos entrevistados classificados na pesquisa como Tipo A, não acreditava estar sob um risco maior ao reutilizar senhas.
O motivo pelo qual se comportam dessa maneira é que estão convencidos de que suas contas são de pouco valor para hackers, o que faz com que mantenham suas atitudes relaxadas e descontraídas em relação à segurança das senhas.
Paradoxo das senhas: você sabe que não deve, mas faz assim mesmo
A pesquisa revelou também que a maioria dos entrevistados entende que seus comportamentos digitais os colocam em risco, mas não fazem nenhum esforço para mudá-los. Apenas 5% dos entrevistados não conheciam as características de uma senha segura, e a maioria deles tinha a compreensão de que as senhas devem conter letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos.
Além disso, 91% das pessoas disseram que há riscos relacionados à reutilização de senhas, no entanto 61% continuam usando senhas iguais ou similares assim mesmo. Pense sempre que, se a senha for a mesma para vários logins, os cibercriminosos que atacam contas de baixa prioridade podem facilmente ter acesso a coisas mais importantes, como contas bancárias e cartões de crédito.
O que os consumidores priorizam quando se trata de senhas
Ao tentar criar senhas seguras, 47% dos entrevistados incluíram nomes de familiares ou suas próprias iniciais. Outros 42% usaram datas ou números importantes, e 26% usaram o nome do animal de estimação — informações que podem ser facilmente obtidas nas mídias sociais, por exemplo.
Além disso, os consumidores priorizam a força de suas senhas levando em consideração quais contas eles acreditam que precisam ser mais seguras. Os entrevistados indicaram que criam passwords mais fortes para serviços financeiros (69%), varejo (43%), mídias sociais (31%) e entretenimento (20%).