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HempMeds: site esclarece mitos e verdades sobre uso medicinal da cannabis

Créditos: DepositPhotos
30 junho, 2022
Da Redação

A HempMeds é uma empresa que fornece produtos à base de cannabis com fins medicinais. Desde 2015, no Brasil já colaborou com a importação de mais de 140 mil derivados da Cannabis para pacientes brasileiros, um crescimento de 20% de 2020 para 2021.

A companhia mantém, também, um ótimo podcast a respeito do assunto – e de como a cannabis pode ajudar atletas de alto rendimentos a tratar problemas físicos.

O CBD, ou Canabidiol, tornou-se famoso por seu potencial terapêutico. Mas ele é apenas um dos 140+ canabinoides presentes na planta. Abaixo, 33Giga e HempMeds relacioonam principáis mitos e verdades sobre produtos à base de cannabis.

Os canabinoides são extremamente nocivos e o uso incorreto é letal

MITO: O conceito de letalidade está relacionado à segurança de um composto. A segurança de alguns canabinoides e preparações à base de cannabis, sobretudo as predominantes em CBD e THC, vem sendo amplamente investigadas.

Embora não estejam livres de efeitos colaterais, o uso medicinal – ou mesmo o adulto – de diferentes quantidades desses dois componentes jamais esteve relacionada a qualquer óbito, diferente do que pode acontecer com outras classes medicamentosas como, por exemplo, opióides.

O uso medicinal da Cannabis é legal no Brasil

VERDADE: O uso medicinal de produtos à base de cannabis é regulamentado no Brasil e existem várias formas de se ter acesso ao tratamento.

O primeiro passo foi dado em 2015 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), quando permitiu a importação por pessoa física de produtos regularizados em outros países mediante prescrição médica e autorização.

Em 2017, o medicamento de nome Mevatyl, composto por 27 mg/ml de THC (tetrahidrocanabinol) e 25 mg/ml de CBD (canabidiol), foi aprovado para comercialização nas farmácias do país, indicado para tratar os sintomas de pacientes adultos com Esclerose Múltipla que apresentam espasmos de moderados a graves.

No final de 2019, a Anvisa criou a categoria “produtos de Cannabis”, permitindo que empresas obtenham uma Autorização Sanitária para comercializar produtos com qualidade farmacêutica diretamente nas farmácias do país.

O cenário também conta com a presença de organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos interesses de milhares de pacientes e lutam pela democratização do acesso de diferentes formas.

É preciso fumar para obter os efeitos terapêuticos

MITO: Não é necessário fumar para obter os efeitos terapêuticos, embora essa também seja uma forma possível de se administrar um produto.

A forma de apresentação mais comum à base de cannabis é a solução oral em veículo oleoso. Estes produtos são administrados através de conta gotas, seringas ou copos dosadores, semelhante a um xarope. Também é muito comum encontrar produtos em cápsulas (duras ou moles), pomadas e géis de uso tópico.

Mas as opções vão muito além, e mesmo o uso inalado é uma possibilidade de administração viável quando se busca o efeito terapêutico, preferencialmente utilizando-se de dispositivos que permitam a vaporização dos componentes ao invés da queima como acontece no cigarro.

Qualquer especialidade pode prescrever no Brasil

VERDADE: Médicos de diferentes especialidades estão aptos a prescrever derivados à base de cannabis, basta que seu CRM esteja ativo.

Dentistas também garantiram o direito de prescrição de produtos no modelo de importação por pessoa física, embora permaneça a limitação a apenas médicos para os produtos disponíveis em farmácias.

Não há evidências conclusivas dos benefícios terapêuticos da Cannabis

MITO: Este é um mito que pode ser verdade em alguns momentos. A evidência científica é mais robusta para determinadas composições e condições, como para o CBD na redução de convulsões em epilepsia, ou proporções semelhantes de CBD e THC para tratar a espasticidade em pacientes com Esclerose Múltipla.

Para essas condições, sim, podemos dizer que existem evidências conclusivas, obtidas através de resultados significativos em estudos padrão ouro e aprovados por agências reguladoras criteriosas.

Todas as demais condições para as quais os produtos vêm sendo utilizados ainda não possuem evidências conclusivas. Muitas delas são suportadas por estudos menos robustos e evidências de mundo real, outras apenas por dados observacionais, relatos de caso ou ainda resultados pré-clínicos.

Os produtos podem apresentar reações adversas

VERDADE: Embora os canabinoides sejam considerados moléculas seguras, produtos de Cannabis podem apresentar efeitos adversos distintos e geralmente leves, que variam conforme o teor de cada um dos principais componentes mencionados anteriormente.

O profissional médico deve orientar o paciente com relação às possíveis adversidades da escolha terapêutica para cada caso.

O paciente fica “chapado” quando faz o uso medicinal

DEPENDE: Falar em uso medicinal da Cannabis é muito abrangente. Cada um dos diferentes canabinoides produzidos pela planta são aplicados e investigados em diferentes condições e sintomas.

Se o produto recomendado tiver maiores níveis de THC, é possível que determinadas doses causem efeitos semelhantes aos observados durante o uso adulto. Por outro lado, com produtos predominantes em CBD, estes efeitos dificilmente serão observados, mesmo em altas doses.

É melhor administrar os produtos de Cannabis com alimentos

VERDADE: Para que você tenha uma melhor e mais rápida absorção dos canabinoides, o mais indicado é administrá-los com alimentos com “triglicerídeos de cadeia média”, encontrados em grandes quantidades nos óleos de coco e de palma.

Os produtos de Cannabis podem gerar dependência química

DEPENDE: Não há indícios de que o Canabidiol (CBD) possa causar dependência química. Por outro lado, embora também tenha efeitos terapêuticos, o uso constante de doses maiores de THC pode gerar dependência, sendo um dos motivos pelos quais ainda há mais restrições de prescrição para estes produtos.

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