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A startup brasileira Legathum criou um projeto que visa usar inteligência artificial para imortalizar memórias. Na prática, por meio de dados de uma pessoa, como e-mails, chats, redes sociais e fotos, é possível “recriá-la” virtualmente. Assim, após a morte, ela pode “conversar” com filhos, netos e parentes, aliviando a saudade dos familiares.
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A ideia surgiu durante a pandemia de covid-19, quando os brasileiros perderam inesperadamente seus familiares e o enterro passou a ser virtual. A falta desse último adeus inspirou o neuropsicólogo Deibson Silva a criar um aplicativo que aliviasse a dor da perda.
Este app funcionará por meio do método storytelling, no qual a própria pessoa conta a sua história para o sistema. “Ela vai conversar com o nosso bot, que é o condutor, como um mentor pessoal, que vai guiá-la na jornada dentro do aplicativo para que a inteligência artificial possa mapear tudo. Esse robô é uma aplicação de software concebido para simular as ações humanas por repetidas vezes de maneira padrão e se chamará Ethernum”, destaca o neuropsicólogo.
A expectativa é que o primeiro protótipo do Legathum esteja pronto em dezembro deste ano. É importante destacar que, para tirar a iniciativa do papel, Deibson se reuniu com Alberto Todeschini, especialista em inteligência artificial e chefe do departamento de ciência e tecnologia da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA).
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