Tags
A empresa de marketing digital Liftoff lançou o Relatório de Tendências de Apps para Dispositivos Móveis de 2019. O levantamento traz novidades da economia de apps, análise geográfica, tendências em aquisição e retenção de usuários e os desafios que o setor deve enfrentar nos próximos meses.
Quer ficar por dentro do mundo da tecnologia e ainda baixar gratuitamente nosso e-book Manual de Segurança na Internet? Clique aqui e assine a newsletter do 33Giga
Segundo a pesquisa, os apps correspondem a 80% de todo o tempo que usuários gastam nos smartphones. Em 2019, já foram feitos 143 bilhões de downloads, o que representa US$ 120 bilhões em gastos nas lojas de apps ao redor do mundo. Entre os países que mais baixam aplicativos, o Brasil se encontra na terceira posição, atrás apenas de Índia e EUA.
“O Brasil tem como característica o aumento nos downloads impulsionado por novos usuários, devido à entrada de dispositivos no mercado e de uma demanda reprimida por aplicativos de todos os tipos”, diz Antonio Affonseca, diretor de vendas da Liftoff no país.
Leia mais
Episódios dublados de Jaspion, Jiraya e outros heróis japoneses chegam ao YouTube
Site calcula quanto tempo você passou assistindo a séries, desenhos e novelas
Os 100 melhores filmes de todos os tempos
Isso faz com que os brasileiros estejam entre os menos leais aos aplicativos que baixa. Em 30 dias, apenas 2,5% dos usuários continuam utilizando um app, por exemplo.
Esse comportamento se reflete no uso de aplicativos de compra. Segundo o relatório, 27% dos usuários se registram, mas não adquirem nada. Porém, 60% dos e-shoppers brasileiros já utilizaram esses canais, segundo recente pesquisa do Google.
Com a proximidade de datas como a Black Friday, conforme levantamento da AppAnnie, os downloads aumentam 27%. O comportamento também está relacionado ao fato de que Jogos e Compras não são categorias de apps que as pessoas baixam com finalidades específicas, como é o caso de Finanças e Namoro.
O relatório mostra que a América do Norte tem os usuários mais engajados, mas também os mais caros, enquanto a região EMEA – que engloba Europa, Oriente Médio e África – apresenta o melhor equilíbrio entre retenção de usuários e preço.
O Japão lidera com o maior índice de retenção de usuários, de 5,4%. A diferença do Brasil em relação aos norte-americanos, europeus e asiáticos, no entanto, é compensada em outros níveis. O país sul-americano fica atrás apenas da Indonésia entre os que mais crescem para profissionais de marketing de aplicativos.
De maneira geral, o relatório mostra que 65% dos profissionais do setor têm centralizado seus esforços em adquirir consumidores, e só promovem o reengajamento quando o interesse já passou.
Dos usuários, 25,2% continuam interagindo com apps no primeiro dia e esse índice já cai 48% até o terceiro dia. “É uma incoerência perigosa já que um aumento de 10% na retenção pode significar um aumento nos lucros que pode até ultrapassar 100%”, ressalta Affonseca.
Por fim, o relatório também destaca que um grande desafio para o setor são as fraudes em anúncios, que custam bilhões de dólares às empresas. O comércio eletrônico é hoje o segmento que corre o maior risco, já que responde por quase um terço (30,76%) das instalações fraudulentas de apps.
Sobre a metodologia
O Relatório de Tendências de Apps para Dispositivos Móveis da Liftoff tem como base a análise de dados internos entre 01 de julho de 2018 e 31 de agosto de 2019, incluindo 349 bilhões de impressões, 5,35 bilhões de cliques, 128 milhões de instalações de apps e 76,6 milhões de eventos pós-instalação.