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Sua identidade está protegida no FaceApp?

Créditos: Photo by Mohammadmahdi Entezarian on Unsplash
17 julho, 2019
Da Redação, com assessoria

Recentemente, as redes sociais foram tomadas por diferentes fotos dos usuários empolgados em verem como ficarão mais velhos. O motivo? O FaceApp. O aplicativo para Android e iOS tem um filtro especial que envelhece qualquer pessoa em muitos anos. 

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Mas até que ponto a empolgação com o app pode prejudicar a privacidade dos usuários? E o quão seguros são os app que utilizam reconhecimento facial? Pensando nisso, a Kaspersky analisou o app e, quanto ao FaceApp em si, não identificou nada malicioso. “A foto é enviada para os servidores que fazem a modificação e enviam de volta para o usuário. Tudo muito normal”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky. 

Já em relação à privacidade, para o especialista essa é a única e a mais importante questão envolvendo apps desse tipo. “Cerca de 64% dos brasileiros não leem as condições de um app antes de baixá-lo e esquecem de pensar sobre como seus dados podem ser utilizados, ignorando as configurações de privacidade. No caso do FaceApp, por utilizar Inteligência Artificial para fazer as modificações a partir do reconhecimento facial, a empresa dona da aplicação pode vender essas fotos para outras empresas, além desses dados poderem facilmente cair nas mãos de cibercriminosos e serem utilizados para falsificar identidades”, afirma Fabio.

O reconhecimento facial, assim como a biometria, tem sido constantemente utilizado como forma de autenticação. Porém, é preciso ter cautela ao optar por compartilhá-los sem pensar. “Temos que entender essas novas maneiras de autenticação como senhas, já que qualquer sistema de reconhecimento facial disponível a todos pode acabar sendo usado tanto para o bem quanto para o mal”, finaliza.

Ao baixar apps, a Kaspersky recomenda que os usuários:

• Tenham certeza que o aplicativo é de confiança e está nas lojas oficiais;
• Leiam os termos de privacidade dos apps, com o objetivo de entender quais informações são solicitadas;
• Entendam o reconhecimento facial como uma senha – não saia utilizando em todos os lugares;
• Sempre verifiquem quais permissões são solicitadas, como login associado à uma conta existente em determinada rede social.

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