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Ilha das Flores, do diretor Jorge Furtado, foi eleito o melhor curta-metragem brasileiro. A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) listou os melhores 100 filmes de todos.

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Em entrevista ao G1, o diretor afirma estar feliz com o prêmio, mas não ficou surpreso. “Vejo que o filme marcou. Infelizmente, segue muito atual em todos os sentidos. Continua denunciando coisas que ainda existem”, diz Jorge.

Em 2019, o curta faz 30 anos. A ideia por trás da produção era realizar um documentário sobre a coleta de lixo em Porto Alegre (RS). A partir da situação encontrada por Jorge, o filme se tornou uma espécie de denúncia ao sistema. “Quando eu vi aquela situação pensei ‘vou fazer um filme sobre isso’. Era um absurdo. Ele retrata o absurdo lógico”, revela o cineasta.

Além de ser considerado o melhor curta brasileiro pela Abraccine, o filme já recebeu outras condecorações. “Ilha das Flores” venceu como Melhor Curta, Roteiro e Edição no Festival de Gramado em 1989. A obra ainda ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1990.

História do curta “Ilha das Flores”

O filme conta sobre o sistema de descarte de Porto Alegre. O lixo da capital gaúcha é levado para um local de criação de porcos à margem esquerda do Rio Guaíba. Os cuidadores dos animais separam uma parte do entulho para alimentar os bichos, depois mulheres e crianças formam filas para conseguir o que comer.

O curta busca retratar essa situação precária em que pessoas precisam caçar sua comida no meio do lixo para sobreviver.

Assista “Ilha das Flores” a seguir.