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Vírus em aplicativos e jogos infantis deixam crianças vulneráveis a conteúdos inapropriados

Créditos: Designed by Freepik
30 janeiro, 2018
Da Redação, com assessoria

Com a diversidade de modelos e valores acessíveis, crianças e adolescentes utilizam cada vez mais smartphones para realizar pesquisas, jogar e navegar pela internet. Segundo pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, que estuda e organiza a rede de computadores no País, 91% dos jovens entre 9 e 17 anos acessam a internet pelo celular. O problema, no entanto, reside no conteúdo sobre o qual essa faixa etária está exposta.

Recentemente, a CheckPoint, empresa israelense de segurança digital, descobriu um novo tipo de malware chamado AdultSwine. Este vírus está presente em diversos aplicativos da Google Play Store voltados para crianças. O problema é que, devido ao código malicioso, exibem propagandas pornográficas.

Além das imagens inapropriadas, o AdultSwine também utiliza os apps para mostrar assinaturas de serviços falsos e encorajar a instalação de softwares, como antivírus, prometendo aumentar o desempenho do celular. De acordo com estimativa da companhia de segurança, os aplicativos podem ter sido baixados até sete milhões de vezes.

Para atrair o público infantil, o malware utiliza nomes e personagens conhecidos. Assim, devido à falta de supervisão e de orientação, os pequenos ficam desprotegidos em relação a anúncios de cunho pornográfico, alertas de vírus e propostas de assinatura de serviços premium.

O AdultSwine é, por si só, capaz de atuar de maneira inteligente. Para evitar suspeitas, o vírus não mostra as propagandas em redes sociais. Desta forma, o público impactado é apenas os que abrem os jogos e aplicativos infantis, ou seja, as próprias crianças.

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Riscos e ameaças do vírus

Essa não é a primeira vez que a garotada fica à mercê dos cibercriminosos. Em 2017, o jogo Baleia Azul se popularizou ao incentivar a automutilação e, em casos extremos, o suicídio. Além disso, o cyberbullying, a exposição excessiva e a facilidade de acesso à conteúdos impróprios são grandes ameaças aos pequenos, que não possuem discernimento e conhecimento para filtrar o acesso e evitar situações de risco.

Há no mercado vários apps para bloquear conteúdo inadequado no Android. Além disso, é possível restringir a classificação indicativa de qualquer um deles. Como no caso do AdultSwine o conteúdo era voltado às crianças, é sempre importante que os pais estejam no controle do que os seus filhos baixam antes que o estrago seja feito. Outro cuidado a ser tomado é a certificação de que o desenvolvedor do aplicativo é uma empresa séria e confiável.

A internet pode ser um risco para os menores quando utilizada sem que haja uma educação digital baseada no uso da rede com consciência e moderação. E o diálogo em casa é o segredo para a compreensão e prevenção de problemas digitais em quaisquer esferas.

*Por Bruno Prado, CEO da UPX Technologies, empresa especializada em performance e segurança digital

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